Tem quem viaje para relaxar, conhecer um lugar diferente, dar boas risadas, experimentar sabores variados. E tem gente que vai até outro continente para ajudar na alfabetização de crianças de uma vila ou mesmo para andar por quilÔmetros em estradas estreitas para se conhecer melhor. Elaboramos um guia com destinos e roteiros variados para você fazer uma viagem do tamanho de seus desejos.
Viagem de conhecimento
São viagens em que a pessoa vai a um determinado lugar [de preferência em outro país, com cultura diferente], para aprender algo novo, que pode ter a ver com religião, filosofia, história de um país, entre outras coisas. As viagens de conhecimento têm alguns importantes pontos e um fechamento:
1. Especialista:o roteiro é feito em companhia de um especialista. E desenvolvido a partir de um tema e não de um destino. “Podemos, por exemplo, ter uma viagem com um filósofo especializado em cristianismo para Israel, mas também para Turquia, Itália ou Espanha”, conta Alexandre Cymbalista, diretor de marketing da agência Latitudes Viagens de Conhecimento.
2. Roteiro:após a escolha do país, o roteiro da viagem será desenvolvido a partir da temática. Ou seja, não necessariamente você vai conhecer os principais pontos turísticos do local, mas, sim, aqueles que se relacionam com o tema.
3. Anfitrião:diferente do especialista, o anfitrião cuida de todas as questões burocráticas da viagem, da infraestrutura das viagens, dos horários, check-ins, entre outras coisas.
4. Grupo:as pessoas que compõe as viagens não são meros espectadores, mas vívidos participantes. Por terem interesse na temática proposta ou no especialista, participam ativamente das discussões geradas a partir das discussões apresentadas. “Isso torna a viagem mais rica”, diz Alexandre.
5. Fechamento:é a possibilidade de absorver e discutir sobre as informações recebidas seja pelo ambiente, guias locais ou pelo próprio especialista. “Esta transformação da informação em algo adquirido é que chamamos de conhecimento. E é por isso que acreditamos que esta experiência seja tão rica”, conta.
Viagem e trabalho voluntário
É a viagem em que a pessoa se dedica a trabalhar voluntariamente em prol de uma causa. Em seu tempo livre, pode fazer turismo da maneira que desejar.
Como é?Algumas ONGs requerem voluntários do mundo todo e acabam fazendo parcerias com agências de turismo. As agências, então, captam voluntários e vendem a eles um pacote para o destino desejado. “É uma viagem diferente, sem luxos. A pessoa fica na acomodação dentro da própria ONG e há bastante troca de cultura”, conta Fabiana Fernandes, gerente de produtos da CI, agência de viagens e intercãmbios.
A África está entre os destinos mais procurados. Lá, o trabalho pode ser feito com animais órfãos, como leões, hienas e girafas, em Parques de Proteção. Há também ONGs africanas que solicitam voluntários para trabalharem com crianças carentes. Outros são Peru, Índia e Nepal.
Já pensou em viajar para trabalhar voluntariamente em prol de uma causa?
Viagem de peregrinação
Para fazer uma viagem de peregrinação nem precisa ir tão longe. Aqui no Brasil, em Aparecida do Norte, a peregrinação já é praticada. A viagem de peregrinação visa o autoconhecimento e necessita de um líder espiritual. “O destino, geralmente, é um local sagrado para obter um conhecimento, uma nova visão de vida”, diz Alexandre.
Os locais mais indicados são:Jerusalém (Israel), Índia e Caminho de Santiago de Compostela (Espanha). Se optar por um com o suporte de uma agência de viagens, você terá um roteiro organizado, com dias livres para passear.
A saber:nem sempre peregrinação significa horas de caminhada a pé. Hoje em dia, pode ser feita por gente de todas as idades, dê Ônibus ou vans. “A ideia dessas viagens é o bate papo, a troca de conhecimento com guias especialistas em espiritualidade, palestras, orações e integração de pessoas”, explica Alexandre. Inclusive, há destinos em que você pode fazer peregrinação e ficar em hotel cinco estrelas. “Mas também pode ficar em locais bem simples, como centros de meditação, na Índia [como no filme Comer Rezar Amar]”, conta.
Viagem de aventura
São viagens que têm alguma atividade física diferente, como um esporte radical, um caiaque, passeios de bicicleta (cicloturismo), trekking (caminhadas), entre outros.
Bons destinos:vários estados do Brasil, principalmente no sul do país, PatagÔnia, Everest, Aconcágua, Marrocos, entre outros. Vale lembrar que, geralmente, nestas viagens não há dias de descanso, apenas dias mais leves e outros mais pesados, com atividades intensas. Para ir e se divertir, é preciso estar em bom preparo físico e seguir algumas recomendações das agências ou guias, como levar tênis e cantil de água.
Intercãmbio Cultural
São vários os tipos de intercãmbio cultural. Pode-se ir a partir dos sete ou oito anos de idade, acompanhado com guias, para fazer cursos de idiomas. Há também como fazer ensino médio (high school) em outro país, ou ir para trabalhar (work experience). Outro programa bastante procurado é o de Au Pair, quando o jovem vai para ser babá, vive junto com uma família local, recebe pagamento e ainda faz curso de inglês.
Quem quer fazer faculdade ou pós-graduação também pode procurar uma agência de intercãmbio cultural. Enfim, há uma infinidade de tipos. A última novidade é da agência CI: Intercãmbio 50+, indicado para os mais velhos que querem estudar idiomas. Os destinos mais populares, segundo Fabiana, são: Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelãndia e África do Sul. Na Europa, depois da Inglaterra, também são procuradas França, Alemanha e Itália.
Mochilão
É conhecer outro país (ou outras cidades) apenas com uma mochila, ficando em albergues ou hotéis baratos e viajando de trem ou outro meio de transporte. “O único destino que indicamos é a Europa. Estados Unidos não dá para fazer Mochilão, pois os lugares turísticos ficam muito distantes uns dos outros”, conta Fabiana. Os adeptos devem levar na mochila roupas que não amassem, que são fáceis de secar, sapatos confortáveis e práticos.
Viajante do sofá (Couch Surfing)
Imagine viajar para outro país e dormir no sofá [ou em uma cama de hóspedes] de um morador local. A troca de cultura é bem maior do que se você ficasse em um hotel. E, claro, é uma viagem mais barata, já que não há cobrança de diária. Mas não vale só “pedir um sofá”, é preciso oferecer um também. É disso que estamos falando quando usamos o termo Couch Surfing, ou viajante do sofá. Para participar, é preciso conhecer pessoas de outros países e os interesses delas.
Como?Através do cadastro no sitecouchsurfing.com.br, que possui mais de 2 milhões de membros, em 77 mil cidades, ou 230 países. A troca é baseada na confiança. É preciso analisar bem o perfil da pessoa antes de aceitar recebê-la ou ir ao encontro dela. Ao aceitar, leve sempre uma lembrancinha da sua cidade para a pessoa que lhe receber. E siga sempre as regras da casa. Por segurança, vale deixar alguém de confiança avisado do endereço onde você estará.
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