Testes de medicamentos contra o COVID-19 em um laboratório na cidade de Lake Success, em Nova York
Coreia do Sul, Alemanha e Rússia são os países que mais aplicaram testes para o novo coronavírus até agora. A aplicação de mais exames têm sido defendida por especialistas como uma forma de enxergar melhor a real quantidade de infectados e, portanto, de entender o cenário de evolução da doença no mundo. Com mais testes, pode haver mais casos confirmados, mas a taxa de letalidade cai.
O site ourworldindata.org , feito por pesquisadores da Universidade de Oxford, compilou informações sobre o número de testes aplicados para o COVID-19, e compararam esses dados com o número de casos confirmados. As informações, coletadas de diferentes fontes de informação, são de 20 de março.
Os números confirmam a ideia de que, quanto mais testes, maior deve ser o número de casos confirmados. “há uma correlação positiva entre esses dados”, escreveram.
A Coreia do Sul é, de longe, o país com mais testes feitos – 316,6 mil, quase o dobro do segundo país na lista, a Alemanha, com 167 mil. O Brasil aparece na lista com menos de 3 mil exames feitos, um dos piores no mundo – o governo federal vinha defendendo a ideia de que não haveria possibilidade de testar todas as pessoas.
Por esse motivo, os pesquisadores entendem que a Coreia do Sul pode ser um bom termômetro para entender como a doença se espalha de forma mais perto do real. Um dos sinais positivos nos dados é que o país vem registrando menos novos episódios a cada dia.
Em 1 de março, houve um pico de novos casos confirmados naquele país – 909, mas o número, desde então, vem caindo. Em 22 de março, foram 98 novos casos, menor quantidade desde o dia 21 de fevereiro, com tendência de cair ainda mais.
Nesta semana o Brasil deverá receber 5 milhões de novos testes rápidos para o novo coronavírus, segundo o Ministério da Saúde, podendo testar também os casos menos graves. A ideia é chegar a 10 milhões de testes.
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