Home Vendas parceladas no varejo caem pelo oitavo mês seguido, aponta SPC Brasil

Vendas parceladas no varejo caem pelo oitavo mês seguido, aponta SPC Brasil

Última atualização 13 de outubro de 2015 - 15:19:11
As consultas para vendas a prazo ao banco de dados do Serviço de ProteçÃo ao Crédito (SPC Brasil) e da ConfederaçÃo Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), que refletem o nível de atividade no varejo, registraram retraçÃo de 6,87% no último mês de setembro frente ao mesmo período de 2014. Trata-se da oitava queda consecutiva da série histórica. ExceçÃo feita ao mês de janeiro, em todos os meses deste ano o indicador de vendas a prazo registrou variaçÃo negativa frente a 2014.

Na comparaçÃo com agosto, sem ajuste sazonal, as vendas apresentaram um recuo de 1,10% e no acumulado do ano, as vendas a prazo no comércio apresentam queda expressiva de 3,53%.

Na avaliaçÃo de especialistas do SPC Brasil, o brasileiro está reticente quando o assunto é consumo. O principal fator responsável pela retraçÃo das vendas nos últimos meses é a falta de confiança do consumidor, que tem evitado tomar crédito para nÃo comprometer ainda mais o orçamento familiar com novas despesas. Some-se a isso, o fato de os lojistas e bancos estarem mais criteriosos para conceder crédito. “Estamos observando uma tendência de maior rigor no processo de concessÃo de crédito por parte do varejista e uma maior cautela das famílias na hora de se endividar com compras a prazo”, observa Honório Pinheiro, presidente da CNDL.

A reduçÃo do poder de compra ocasionada pela inflaçÃo alta e pelo dólar apreciado – que também é fonte de pressÃo inflacionária para determinados produtos, como os importados – sÃo outros fatores a serem levados em conta para a queda do apetite no consumo a prazo, consideram os economistas do SPC Brasil. “A inflaçÃo vem reduzindo o poder aquisitivo das pessoas, principalmente daquelas com menor renda. Por isso, as compras de produtos com mais valor agregado, que geralmente sÃo parceladas, têm sido adiadas ou substituídas por compras à vista mais baratas”, explica Marcela Kawauti, economistas-chefe do SPC Brasil.

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