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Varíola dos macacos: OMS declara emergência internacional de saúde

Última atualização 24 de julho de 2022 - 10:11:14
Tubos de teste positivos varíola dos macacos© Dado Ruvic/REUTERS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu hoje (23)
declarar que a varíola dos macacos configura emergência de saúde pública de
interesse internacional. O anúncio foi feito pelo diretor-geral da entidade,
Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante coletiva de imprensa.

 “Temos um surto que se espalhou rápido pelo mundo, através de
novas formas de transmissão, sobre as quais entendemos muito pouco, e que se
encaixa nos critérios do Regulamento Sanitário Internacional. Por essas razões,
decidi que a epidemia de varíola dos macacos representa uma emergência de saúde
pública de preocupação internacional”, disse Tedros. 

A decisão não foi consensual entre membros do Comitê de
Emergência da OMS, mas o diretor-geral decidiu ir adiante com a declaração. Ele
destacou que o vírus tem se espalhado rapidamente por diversos países, o que
aumenta o risco de disseminação internacional. Outra preocupação expressada por
Tedros diz respeito ao potencial do vírus de interferir em viagens de um país
para outro, como ocorreu com a covid-19. No entanto, a OMS ainda considera o
risco baixo.

 A varíola dos macacos é uma causada por um vírus e
transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele.
O contato pode se dar por meio de abraço, beijo, relações sexuais ou secreções
respiratórias. A transmissão também ocorre por contato com objetos, tecidos
(roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies que foram utilizadas pelo
infectado.

 Uma das preocupações da OMS é com o estigma que a doença
pode provocar, uma vez que a maioria dos contaminados são homens que se
relacionam sexualmente com outros homens, especialmente aqueles com múltiplos
parceiros.

 “Em acréscimo às nossas recomendações aos países, também
chamo as organizações da sociedade civil, incluindo aquelas com experiência no
trabalho com pessoas HIV positivo, para trabalhar conosco na luta contra o
estigma e a discriminação”, disse Tedros.

 Edição: Paula Laboissière

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