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“Vamos apresentar um trabalho novo e diferenciado à comunidade”

Última atualização 27 de julho de 2012 - 00:00:00

SANTA HELENA

Natural de Santa Helena e há 10 anos trabalhando como funcionário público na prefeitura do município, o técnico em contabilidade Blásio Ivo Hickmann (PT), 46 anos, casado, pais de um filho, concorrerá pela primeira vez a prefeito. Apostando na experiência de já ter sido vereador e com o apoio do PP, DEM e PR, o petista diz que fará sua campanha baseada em propostas e garante que apresentará à comunidade uma nova forma de administrar.

Gazeta Catarinense – O senhor concorre a prefeito pela primeira vez em Santa Helena. Qual será sua principal bandeira de campanha?

Blásio Ivo Hickmann – Minhaprincipalbandeiraseráaproximar a administração da comunidade e gerir melhor os recursos públicos para que ela tenha o retorno que merece. Para isso, vamos distribuir melhor os recursos dentro da agricultura e do comércio, pois vejo que até o momento foram dois setores pouco incentivados.

Gazeta Catarinense – Estamos apenas no início do período eleitoral. O enfoque da coligação na corrida eleitoral será críticas ou propostas?

Blásio Ivo Hickmann – Nossa coligação vai trabalhar com propostas para a comunidade, para que não seja levado o que as administrações anteriores fizeram ou deixaram de fazer. Vamos apresentar um trabalho novo e diferenciado para a comunidade de Santa Helena, deixando uma marca registrada.

Gazeta Catarinense – A saúde pública é um setor que sempre está aquém do ideal, indiferente do município em análise. Aqui em Santa Helena, qual o diagnóstico que o senhor faz do setor, o que precisa ser melhorado?

Blásio Ivo Hickmann – Realmente a saúde é um setor bastante complicado. Vejo que alguma coisa já tem sido feita pela saúde, mas entendo que poderia ser trabalhado melhor, com outras especialidades e convênios. Talvez gastaríamos menos e atenderíamos melhor a população.

Gazeta Catarinense – A exemplo dos demais municípios da região, Santa Helena tem sua economia voltada para o setor agrícola. Quais são suas proposta para o setor?

Blásio Ivo Hickmann – Realmente o carro chefe do município de Santa Helena é a agricultura. Pretendemos dar continuidade aos programas que existem e são bons, em alguns fazer ajustes e buscar também novas alternativas. É algo automático. Se apoiarmos mais a agricultura, o retorno vem para a administração. Por isso, precisamos investir mais no nosso agricultor, porque ele está investindo, fazendo financiamentos para melhorar sua propriedade. Com isso ele ganha e a cidade também.

Gazeta Catarinense – Na sua visão, qual é hoje o setor com mais problemas na cidade e que necessita de uma ação rápida na próxima administração?

Blásio Ivo Hickmann – Ainda se trata da saúde. Vejo uma correria muito grande, com muito gasto e pouco resultado, pois nossa população é a mesma há alguns anos e hoje praticamente a metade dela se consulta mensalmente. São 800 a 900 consultas mensais. Acredito que teria que dar uma reestruturada tanto de pessoal, quanto no espaço físico e veículos. A saúde ainda é uma área bem delicada e vemos que precisa atacar de frente.

Gazeta Catarinense – Tão importante quanto se eleger prefeito é ter uma bancada forte na Cãmara de Vereadores. Quantos vereadores o senhor acha que a sua coligação conseguirá eleger?

Blásio Ivo Hickmann – Vamos trabalhar juntamente com a nossa coligação para termos no mínimo cinco vereadores, porque sem a maioria o administrador pode enfrentar alguns problemas quando houver um assunto delicado, que envolve interesse político. Se não tivermos a maioria e viermos a ter êxito na eleição, vamos buscar um entendimento com a Cãmara, para que possamos fazer um trabalho em favor da comunidade.

Gazeta Catarinense – Faltando cinco meses para encerrar o mandato de Gilberto Giordano à frente da administração de Santa Helena, qual o principal ponto positivo e qual o ponto negativo que o senhor aponta como cidadão e político?

Blásio Ivo Hickmann – Ponto positivo vejo na área de esportes. Não que em as outras administrações tenha sido deixado de fazer alguma coisa pelo setor, mas vejo que agora o prefeito tem dado mais liberdade para quem conduz a Pasta para que o município participasse em mais eventos e competições. Acho que por esse lado foi dado maior liberdade e também aplicado um volume maior de recursos. Esse é um ponto positivo. O ponto negativo é em termos de relacionamento com os servidores. Por ele ser professor, com anos de escola, esperava que se aproximasse mais dos colegas servidores, respeitando suas opiniões. Afinal, cada um é livre para pensar e defender suas ideias. Não posso dizer que fui perseguido por ser adversário político, mas achei que poderia ter havido mais diálogo. Se for eleito, pretendo me aproximar mais dos servidores, para que, respeitando a todos, cada um faça o seu trabalho direitinho.

Gazeta Catarinense- Na questão de infraestrutura, quais suas propostas?

Blásio Ivo Hickmann – Uma de nossas bandeiras é buscar recursos para instalar a primeira creche em Santa Helena. Vemos essa necessidade. Somos um município pequeno, mas devido à globalização e a forma como a sociedade se encaminha, apenas um membro da família trabalhando fica difícil. Hoje as mulheres buscam uma oportunidade de trabalho, mas não têm onde deixar os filhos. Precisamos ainda buscar recursos para um auditório, uma sala de reuniões, enfim, um espaço cultural. Além disso, buscar uma parceria com a Cãmara de Vereadores para construir uma sede própria do Legislativo, porque hoje está instalada no ginásio de Esportes. Quando tem alguma competição, ninguém se entende lá dentro, porque o barulho atrapalha.

Gazeta Catarinense- Quais as propostas que o senhor pretende por em prática na área social, caso for eleito?

Gazeta Catarinense – Valorizar mais os idosos. Nessa caminhada ouvimos muitas pessoas. Não que não se esteja dando valor, mas talvez os idosos não estão mais sendo tratados como pessoas adultas, com suas ideias e seus pensamentos. Foi tirada a liberdade dos idosos. Lembro que em administrações passadas eles tinham mais liberdade dentro de suas associações e podiam decidir por eles mesmos. Outro problema é a habitação. Temos muitas pessoas que gostariam de morar em Santa Helena, que trabalham aqui em empresas e até mesmo na prefeitura, mas não têm casas para morar. Vejo que seria importante um conjunto habitacional. Até vemos algumas casas sendo construídas pelo programa “Minha casa, minha vida”, mas seria preciso que a prefeitura montasse um conjunto habitacional. Não estamos vendo projetos nesse sentido até o momento.

Gazeta Catarinense – O senhor concorre contra o atual prefeito do município. Isso ajuda ou atrapalha na corrida eleitoral?

Gazeta Catarinense – Vamos fazer uma campanha baseada em propostas. O povo de Santa Helena é inteligente para identificar a pessoa mais qualificada para comandar o município. Por ele ter a máquina pública na mão, talvez seja um pouco mais difícil para mim. Ele tem uma equipe toda trabalhando por ele, enquanto as pessoas da nossa coligação têm seus empregos e afazeres. Eles têm uma equipe de secretários e de outros cargos comissionados que estão trabalhando e, indiretamente, buscando o voto. Mas, o povo de Santa Helena é inteligente e vai analisar a minha pessoa. Sou natural de Santa Helena, nasci aqui, me criei nessa terra, assim como a minha vice, Ivanilde Palú, que também é dessa terra, uma pessoa de bem, sem manchas no passado.

FRASES

“É algo automático. Se apoiarmos mais a agricultura, o retorno vem para a administração”

Não posso dizer que fui perseguido por ser adversário político, mas acho que poderia ter havido mais diálogo”

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