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A quantia de R$ 45 mil reais em dinheiro e um terreno na praia avaliado em R$ 400 mil. De acordo com a Polícia Federal, esse foi o valor sugerido pelo prefeito de Governador Celso Ramos a um empresário do ramo imobiliário da cidade em troca de obras de saneamento em bairro do município. De acordo com o delegado federal Roberto Cardoso, os valores seriam divididos entre o prefeito, o vice e um vereador da cidade.
Uma operação na noite desta quinta-feira (13) flagrou o vereador, que é candidato a reeleição, Alcemir João Alves (PMDB), o prefeito Anísio Anatólio Soares (PMDB) e o vice-prefeito Manoel Marcelo da Cunha (PMDB), candidato a prefeito da cidade, participando do pedido de propina. Segundo a PF, a quantia seria utilizada para aplicar em campanha.
Ainda segundoa PF, o flagrante foi efetuado a partir de denúncia do empresário ao Ministério Público do estado. O órgão encaminhou o caso à Polícia Federal, para que o episódio fosse coibido. “O empresário não cedeu, procurou a Justiça. Nós recebemos o caso e o orientamos a agendar o encontro e aceitar a entrega da propina, para que pudéssemos prender em flagrante os envolvidos. Eles foram presos e a comunicação do flagrante foi feita ao Tribunal de Justiça”, afirmou o delegado Roberto Cardoso.
Na noite desta quinta, os políticos foram autuados por crime de concussão, caracterizado pela exigência de vantagem indevida para si ou para outro por parte de funcionário público. O caso está agora com o Tribunal de Justiça de Santa Catarina para que sejam tomadas providências penais.
Defesa
Em comunicado, o advogado do vice-prefeito e do vereador deGovernador Celso Ramosinformou que os clientes negam a acusação e que já entrou com pedido de liberdade provisória, que, segundo ele, deve ser apreciado ainda nesta manhã pelo TJ-SC.
Já o advogado do prefeito afirmou aoG1que seu cliente não exigiu dinheiro indevido. Segundo ele, o que ocorreu na noite de quinta-feira foi uma reunião para entrega de um documento ao empresário, autorizando o início de uma obra no balneário de Palmas, em Governador Celso Ramos, e para negociação de doação que o empresário faria às campanhas do vice-prefeito e do vereador.
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