Home Vacina contra varíola pode proteger maiores de 40 anos da varíola do macaco; entenda

Vacina contra varíola pode proteger maiores de 40 anos da varíola do macaco; entenda

Última atualização 27 de maio de 2022 - 08:36:38


Foto: CDC/Divulgação/ND – Vacina contra varíola, erradicada nos anos 80, pode representar proteção contra a varíola do macaco


Os registros de casos
de varíola do macaco não param de subir, e os dados sobre a doença geram muitas
dúvidas. Em entrevista ao ND+, a médica epidemiologista Ana Cristina Vidor,
gerente da Vigilância Epidemiológica de Florianópolis, explicou que pessoas com
mais de 40 anos, vacinadas contra varíola, podem ter alguma proteção contra a
varíola do macaco.

 “A monkeypox (nome em inglês para varíola do
macaco) é um vírus diferente, que não costuma infectar humanos, porém a vacina
contra varíola acaba tendo proteção cruzada. Antigamente, como todos tomavam,
acabavam ficando protegidos contra as duas infecções”, explicou Vidor.

A médica disse ainda
que, com a erradicação na década de 80, a população não se vacina há 40 anos.
Ou seja, a proteção cruzada desapareceu. O fenômeno, em sua avaliação, pode
facilitar a transmissão atual, mas isto ainda está sendo investigado.

A médica explicou ainda
que a doença já pode ser definida como epidemia.

 


Foto: CDC/Divulgação/ND – Vacinação, no momento, está restrita para profissionais de saúde que atuam em laboratório



Quando devemos vacinar?

Segundo Vidor, nada
está definido neste sentido. Isto porque não há indicação de vacinação em massa
no momento. A vacinação está prevista apenas para profissionais de saúde mais
expostos, como os que trabalham em laboratório ou no contato direto com pacientes
infectados com a varíola do macaco.

Conforme a OMS
(Organização Mundial de Saúde), os casos suspeitos devem ser imediatamente
isolados e notificados às autoridades para que ações de saúde pública possam
ser implementadas.

 

O que diz a OMS?

De acordo com o site da
OMS, estudos demonstraram eficácia de 85% da vacina à prevenção da varíola.
Assim, a vacinação prévia contra a doença pode resultar em uma infecção mais
leve.

 


Foto: SES/Divulgação/ND – Uma nova vacina foi aprovada em 2019, diz a OMS, mas ainda não está disponível para todos



Alguns funcionários de
laboratório ou profissionais de saúde podem ter recebido uma vacina mais
recente contra a varíola para protegê-los no caso de exposição ao orthopoxvirus
no local de trabalho.

O órgão mundial diz
ainda que uma vacina ainda mais recente baseada em um vírus “vaccinia atenuado
modificado” (cepa Ankara) foi aprovada para a prevenção da varíola dos macacos
em 2019. Esta é uma vacina de duas doses para a qual a disponibilidade
permanece limitada.

 

Estado já possui sala de situação
observando os casos

Um documento da SES
(Secretaria de Estado de Saúde) explica que a transmissão da doença entre
humanos ocorre principalmente por meio do contato pessoal com secreções
respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente
contaminados.

A erupção geralmente
desenvolve-se pelo rosto e depois espalha-se para outras partes do corpo,
incluindo os órgãos genitais. A erupção cutânea passa por diferentes estágios e
pode se parecer com varicela ou sífilis, antes de finalmente formar uma crosta,
que depois cai. Quando a crosta desaparece, a pessoa deixa de infectar outras
pessoas.

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