SÃO MIGUEL DO OESTE
O jornal Gazeta Catarinense publicou no início do mês de abril a história do uruguaio Júlio Cesar Veras Cabral, 42, que reside há cerca de dois anos em São Miguel do Oeste. Na reportagem veiculada, o estrangeiro reclamava das dificuldades em provar legalmente que estava vivo. Após sofrer um acidente e ser dado como morto, os documentos deles receberam baixa, o que passou a lhe criar problemas.
Nesta semana ele visitou novamente a redação do Gazeta Catarinense, agora com a documentação regularizada. Júlio Cesar apresentou também um laudo do exame de corpo de delito, documento fornecido pelo delegado de polícia da cidade de Pinheiro Machado (RS). Segundo o Uruguaio, o documento servirá para que ele consiga se aposentar, já que sofreu muitas lesões corporais, entre elas uma deformidade na mão esquerda, que ainda precisa passar por novas cirurgias.
Cabral explica ainda que o laudo do exame também será usado no processo do acidente. Ele criticou a morosidade da justiça brasileira em julgar o caso. Segundo ele, é inadmissível que 14 meses após um o acidente provocado por um motorista com carteira suspensa ainda não haja uma definição sobre o assunto.
ENTENDA O CASO
Em fevereiro de 2012, Júlio Cesar Veras Cabral foi vítima de um grave acidente de trãnsito na da BR-293, em Pinheiro Machado. Ele e mais dois profissionais viajavam em um Pálio, quando o veículo bateu de frente com uma caminhonete Hilux, que invadiu a pista contrária. Os outros dois ocupantes do veículo morreram no local, enquanto que Júlio Cesar, com várias fraturas, foi encaminhado ao hospital de Pinheiro Machado e levado em estado gravíssimo para Pelotas.
Internado na UTI, enquanto passava por uma cirurgia na mão, Cabral foi dado como morto e o corpo conduzido para outro setor do hospital, na espera para o reconhecimento e retirada. Lá, segundo ele, permaneceu por quase um dia fora da UTI, do meio dia à manhã do dia seguinte, até que percebessem que estava vivo. A notícia da suposta morte de Júlio Cesar foi divulgada por grandes meios de comunicação. Os documentos receberam baixa e o atestado de óbito já estava encaminhado. Segundo Cabral, somente soube do ocorrido quando tentou abrir uma conta em banco e não conseguiu.
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