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UMA LUTA DIÁRIA POR MELHORIAS

Última atualização 22 de julho de 2016 - 11:10:32
Estudos, coordenaçÃo, proteçÃo, defesa, apoio. SÃo alguns fatores que os sindicatos tem perante a classe trabalhadora. Com a luta diária, o diretor proprietário do Grupo Tombini e um dos diretores do Sindicato Empresas Transportes de Cargas RegiÃo Chapecó (Sitran) Valdir Tombini fala dos avanços, das conquistas e desafios que a classe enfrenta.
Segundo ele, o momento é um período de transiçÃo, com muitas mudanças e a maioria para pior. Ele destaca que vários fatores estÃo regredindo, entre eles no setor de seguros. “Na área de seguro criou-se uma nova modalidade, onde a empresa é responsável pelo seguro das cargas. Ainda houve mudanças na ANTT, no licenciamento, na questÃo de configuraçÃo de cartógrafo, aumentando os custos”, revela.
Por outro lado, Tombini evidencia os direitos conquistados que beneficiam nÃo somente as empresas e sim os motoristas: a legalizaçÃo da profissÃo de motorista, perante a lei. “Hoje temos uma lei que reconhece a profissÃo de motorista, que dita o horário, a jornada de trabalho, as folgas e os descansos e ainda legaliza a situaçÃo que era muito difícil para transportadora por conta das demandas trabalhistas”, declara.
Com 46 anos de atuaçÃo no ramo de transporte, Tombini cita alguns avanços que auxiliaram no ramo, entre eles: a tecnologia. “Há 30 anos, nÃo tinha telefone, entÃo o contato com o motorista era pouco, o empresário tinha que esperar o caminhÃo voltar para saber como foi a viagem, e hoje com a tecnologia, se tem contato a qualquer lugar do País, por vários meios, como ligaçÃo, mensagem, e-mail, WhatsApp”, comenta.
O empresário evidencia ainda que no que tange tecnologia o País evoluiu 100 anos em 10, com comunicaçÃo, rastreamento, GPS, frete, estrutura do caminhÃo. “Com isso podemos citar outras conquistas, como o consultório dentário, instalado em Palmitos, o posto de cadastramento do ANTT que o sindicato conseguiu trazer, o Sesc/Senat que é um espaço de lazer que foi criado para o motorista com atendimento médico, dentário, treinamentos, entre outros”, frisa.
Tombini salienta que o sindicato tem a funçÃo de estar atuando sempre ao lado dos associados, apontando as dificuldades e tentando resolvê-las. “Se tiver um problema e for fazer uma reivindicaçÃo sozinho, ninguém vai ouvir, entÃo os pleitos que a gente precisa, levamos ao sindicato”, declara ele, acrescentando que o sindicato está lutando por melhorias nas rodovias da regiÃo. “A situaçÃo precária das rodovias acaba impactando no aumento de frete, pois se tem mais despesa com o estrago de caminhÃo, pneu, a demora para chegar no local”, frisa.
Hoje, o Sitran está atuante em 13 municípios em Santa Catarina: Catanduvas, Blumenau, Concórdia, Lages, Joinville, TubarÃo, Criciúma, Florianópolis, Itajaí, Rio Negrinho, Três Barras, Videira e Chapecó.
DE MOTORISTA PARA EMPRESÁRIO

O antigo motorista e atual empresário Agenor Pauletto, evidencia os avanços que a classe passou nos últimos anos. Ele que foi motorista por 25 anos e a há 15 anos ele é proprietário de uma empresa, neste período a tecnologia auxiliou consideravelmente o setor de transportes. “Hoje nÃo conseguimos carregar uma carga sem ter rastreamento no caminhÃo. Os caminhões estÃo informatizados e isso oportuniza uma qualidade de vida mais adequada para quem está nas estradas”, conta.
Ele salienta que hoje “todo mundo está correndo atrás da máquina”, porém alguns fatores auxiliam nesta ‘corrida’. “Há 25 anos era tudo diferente, você sentava atrás e dirigia até o Nordeste com talÃo de cheque, negociava os fretes e pagava, hoje é tudo por base de transferências, valores negociados, tanto de combustíveis como o frete. Tudo melhorou para todos, pois a comunicaçÃo é maior”, reconhece.
Pauletto comenta que hoje o caminhoneiro tem seu trajeto pronto, sabe aproximadamente quantos dias vai ficar fora de casa, com aplicativos de celular consegue localizar fretes, e para o proprietário, com os avanços, é possível acompanhar os fretes. “Precisamos se adaptar, quem nÃo acompanhar esses avanços acaba ficando para trás”, conclui.

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