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Um em cada três catarinenses tem contas em atraso

Última atualização 12 de julho de 2017 - 09:26:21
Um em cada três catarinenses está com pelo menos uma conta em atraso. É o que revela o Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor, divulgado na semana passada.
Enquanto o país registrou em maio a marca histórica de 61 milhões de inadimplentes, o Estado somou 1,8 milhÃo, o que representa 35,5% da populaçÃo com mais de 18 anos.
De acordo com o economista da Serasa Luiz Rabi, desde 2012 nÃo era extraído um índice tÃo expressivo em torno da inadimplência. Em maio do ano passado, eram 59,5 milhões de pessoas na lista. Como justificativa para o cenário, o especialista aponta o desemprego e a recessÃo econômica.
– Basicamente sÃo dois fatores: o superendividamento e as condições macroeconômicas. Diferentemente de 2012, dessa vez foram a crise e o desemprego os vilões. EntÃo os consumidores nÃo estÃo devendo porque deram o passo maior do que a perna, mas porque foram atingidos pela recessÃo. Essas pessoas tiveram acesso menor ao crédito. Primeiro pela inflaçÃo, que corrói o salário, e depois pelo desemprego – explica.
O estudo também revela que a maioria dos inadimplentes (19,4%) brasileiros tem idade entre 41 e 50 anos. Os homens representam 50,9% desse montante.
A classe social mais atingida é a que recebe entre um e dois salários mínimos, que representa 39,1% do total. A maioria dos 61 milhões dos devedores no país possui apenas uma dívida (37,3%) de, em média, R$ 4,5 mil.
A previsÃo é de que o número de inadimplentes só volte a diminuir em 2018, nÃo sem antes estabilizar ao longo deste semestre, principalmente puxado pela queda da inflaçÃo.
Ainda no primeiro semestre, 80% dos brasileiros cortaram gastos, principalmente com alimentaçÃo fora de casa, roupas, calçados e acessórios devido à recessÃo econômica, de acordo com pesquisa feita pelo Serviço de ProteçÃo ao Crédito (SPC) e pela ConfederaçÃo Nacional e Dirigentes Lojistas.
Para a especialista em planejamento financeiro pessoal Annalisa Blando Dal Zotto, esse índice só irá baixar quando houver uma mudança definitiva de mentalidade das pessoas em relaçÃo ao uso do dinheiro – e nÃo somente em períodos de crise, como indica o levantamento.


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