Esta casa é cheia de surpresas. Embora pareça muito um celeiro reformado, transformado em residência campestre, a propriedade está no bairro do Brooklyn, na metropolitana Nova York. Com esta informação em mãos, logo se traça o perfil de seus moradores no imaginário. O mais provável é que, nesta área, conhecida como Dumbo, vivam artistas ou jovens criativos, recém-saídos de casa. Mas novamente há um erro de dedução. Neste lar, vivem dois bem-estabelecidos profissionais: Ryan Foster, um empresário do setor financeiro; e Anne Maxwell Foster, decoradora e dona de sua própria marca, aTilton Fenwick.
Em parceria com Suysel dePedro Cunningham, Anne cria seus designs. A dupla é conhecida por dominar um estilo que trata de atualizar o mais clássico da decoração. Os ambientes por elas decorados são ricos em estampas e tecidos coloridos. Entre uma de suas mais reconhecíveis marcas, está o intenso uso de papéis de parede. “Em toda a nossa carreira, deixamos de cobrir as paredes apenas uma vez – a pedido do cliente”, aponta Suysel em entrevista aoThe New York Times. No caso da residência Foster, o recurso foi empregado apenas nos dormitórios e sanitários. Eis outra surpresa: Anne não usou o estilo típico da Tilton Fenwick em casa.
A reforma foi extensa e custou cerca de US$ 100 mil. Todos os acabamentos originais – de baixa qualidade – foram trocados. As razões que levaram Anne a escolher este espaço para viver tinham mais a ver com a arquitetura do que com a decoração do lugar. Ela havia se apaixonado pelas grandes janelas e pela vista que proporcionavam de Manhattan. O seu esposo, por sua vez, enxergou a propriedade como uma aposta financeira – ossos do ofício. “Eu me senti muito seguro na realização da compra, devido ao potencial de valorização do bairro no qual a casa estava”, explicou ele.
Houve também uma série de alterações na organização da morada. O armário de casacos, na entrada, deu espaço a umfoyer, decorado com banquetas Lucite. O cÔmodo antes usado como dormitório principal foi integrado ao estar, passando a ser uma extensão deste último ambiente. Uma grande porta de correr, ali, possibilita que o espaço seja usado como quarto de visitas se necessário. Onde ficava o escritório – um quarto sem janelas – foi instalado o dormitório do casal. Por fim, o generoso closet, cheio de luz, foi transformado num quarto de bebê – o primeiro filho dos Foster deve chegar em abril.
Na decoração, há duas fortes tendências: os estofados rosa e as estampas com teor africano. Tanto no estar quanto no jantar, as cadeiras têm tecidos marcantes, com estampas abstratas. No quarto de visitas reversível, as poltronas possuem estofamento fúcsia. A cor se repete na corrente que liga a luminária da sala de jantar ao teto. No dormitório, a cabeceira da cama é amarelo-canário, e as paredes receberam um papel de parede delicado.
O lar tem um apelo decididamente feminino, mas isso não incomoda Ryan Foster. “Nunca coloquei muito reparo nisso”, disse. “De qualquer modo, sou fã da estética delas”, completou.
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