Os trabalhadores em autoescolas de Santa Catarina entraram em greve nesta terça-feira. Eles pedem aumento salarial e melhores benefícios. Pela manhã houve mobilização da categoria no Terminal Jardim Atlãntico, em Florianópolis. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em autoescolas de Santa Catarina (Sintrauto), Adalto Galvão Paes Neto, o patronal ainda não chamou os trabalhadores para negociar.
—Estamos esperando, mas já sabemos que será uma negociação truncada. Já tem tempo que estamos tentando, mas o máximo que eles oferecem não é suficiente para a classe— explicou Galvão, que atua no ramo desde 1997.
Segundo o presidente do Sintrauto, atualmente os diretores e instrutores têm piso de R$ 981. A categoria pede aumento para cerca de R$ 2,2 mil.
—Mas o máximo que eles ofereceram foi piso de R$ 1.058, o que não foi aceito pela classe. Jogamos a proposta para R$ 2,2 mil sabendo que na negociação pode baixar para R$ 1,8 mil, o queseria aceito— explicou Galvão.
No caso dos demais trabalhadores em autoescolas (que não são diretores ou instrutores), o piso é de R$ 764. A categoria pede aumento para R$ 986.
Ainda conforme o Sintrauto, Santa Catarina tem cerca de 400 autoescolas e em torno de seis mil trabalhadores. Desses, quatro mil atuam como instrutores.
A estimativa do sindicado é de que cada instrutor realize de 5 a 8 testes por dia. Somente em Florianópolis, que tem três autoescolas, o Sintrauto calcula adesão de 60% dos funcionários á greve. Se confirmada a paralisação, a entidade prevê que 100 testes práticos deixarão de ser realizados a cada dia na Capital.
—Com o passar do tempo, mais funcionários deverão parar as atividades— alertou Galvão.
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