Foto: RCN/Arquivo
O secretário de Estado da Saúde de Santa Catarina, André Motta Ribeiro, afirmou nesta segunda-feira (24) que estão previstos para as próximas semanas “momentos muito ruins” em razão do recrudescimento da pandemia de Covid-19. A previsão faz parte da projeção de uma 'terceira onda' da doença em Santa Catarina, principalmente com chegada do frio ao Estado.
“Nós iremos enfrentar momentos muito ruins nas próximas semanas, com aumento já percebido do número de casos que já estão se refletindo na ocupação de leitos de UTI Covid”, disse Ribeiro, em reunião com gestores de saúde municipais que definiu a antecipação da imunização de profissionais de educação.
“A pandemia não acabou. Existe uma expectativa de aceleração dos casos e talvez uma próxima onda. Nós precisamos mais do que nunca manter as estruturas que estão vigentes para dar a estrutura para as pessoas que possam vir a precisar”, completou o secretário-adjunto a pasta, Alexandre Lencina Fagundes.
Segundo Fagundes, o Centro de Operações em Emergência em Saúde (Coes) vai retomar as estruturas de comitês de crise regionais que foram desestimulados durante a troca de gestão na pasta, resultado do afastamento do governador Carlos Moisés da Silva. O objetivo é se preparar para o aumento de casos.
Isso porque no final de abril e início de maio Santa Catarina havia registrado uma média de pouco mais de 15 mil novos casos por semana. Agora, no final de maio, a média semanal subiu para acima de 18 mil.
Para conter a doença, o governo do Estado evita falar em novas restrições e se prepara para abertura de novos leitos de UTI. O assunto será tema de uma reunião nesta terça (24) entre a Secretaria de Estado da Saúde (SES), Tribunal de Contas do Estado (TCE), e Ministério Público de SC (MPSC). A intenção de Motta Ribeiro é aumentar a oferta de atendimento nas unidades hospitalares.
A situação preocupa também os gestores municipais. “Nós estamos falando sobre vacina e dá a impressão de que a pandemia está sob controle, e ela não está. Ainda estamos discutindo […] como vai ser a terceira onda”, destacou o secretário municipal de Saúde de Florianópolis, Carlos Alberto Justo da Silva.
“Como a gente recebe informações contraditórias: somos avisados na iminência de uma terceira onda acompanhada de processos de flexibilização”, acrescentou.
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