Terceiro foco de mormo no RS é registrado em Uruguaiana
Última atualização 22 de setembro de 2015 - 08:46:39
Segundo a Secretaria da Agricultura, o exame de maleína realizado neste sábado (19) detectou a presença da doença em um equino em uma propriedade rural de Uruguaiana, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul.
Também no sábado, foi registrado o segundo foco da doença em Alegrete, na mesma regiÃo. Os casos, somados a outro registrado em Rolante, no Vale do Paranhana, em junho deste ano, sÃo os primeiros da história do estado. “Revisamos todos os registros, e nÃo houve sequer suspeita clínica antes”, afirma o diretor de defesa animal da Secretaria da Agricultura, Fernando Grosso.
Nos dois casos mais recentes, os animais passarÃo por um exame patológico antes de serem sacrificados. Eles poderÃo ser cremados ou enterrados em uma cavidade profunda, o que depende do tipo de solo do local. “Como nÃo temos muitos focos, temos de juntar conhecimento disso. Vamos fazer necropsias para fins de conhecimento”, destacou Grosso.
Por meio de nota, a Secretaria da Agricultura informou que a propriedade rural onde há o foco em Alegrete já havia sido interditada no início deste mês, e a de Uruguaiana, no final do mês passado. O texto diz que todas as medidas necessárias para a defesa sanitária animal foram tomadas.
O mormo é uma doença infecciosa que nÃo tem tratamento e pode atingir equinos e humanos. Quando infectado, o cavalo precisa ser sacrificado e cremado. A doença é transmitida pelo contato com o material infectante, tanto diretamente com secreções do doente, quanto indiretamente por meio de bebedouros, comedouros ou equipamentos contaminados.
Em humanos, a doença normalmente se manifesta em até 14 dias. A contaminaçÃo acontece pelo contato com animais doentes, fômites contaminados, tecidos ou culturas bacterianas em laboratórios. Os sintomas sÃo febre, lesões com pus, edema de septo nasal, pneumonia e abscessos em diversas partes do corpo. A doença é de difícil tratamento e quase sempre fatal.
No Rio Grande do Sul, o risco de contágio do mormo levou pelo menos 118 prefeituras a cancelarem os desfiles farroupilhas em 2015, segundo levantamento divulgado pela FederaçÃo das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).
Leia a nota da Secretaria da Agricultura:
No dia 19 de setembro de 2015 foram confirmados dois focos de mormo no Estado do Rio Grande do Sul nos municípios de Alegrete e Uruguaiana em propriedades já interditadas desde 03/08/15 e 28/07/15 respectivamente, em funçÃo de resultados positivos no teste de triagem.
A equipe da SEAPI finalizou o teste confirmatório de maleína no dia 19/09/15, como as propriedades já se encontravam interditadas com os equinos suspeitos isolados, as medidas que serÃo adotadas, além das já citadas, serÃo as seguintes: sacrifício dos animais positivos e realizaçÃo de dois testes em todos os equídeos das propriedades com intervalo de 45 dias entre os testes para saneamento.
As recomendações e estratégias de profilaxia e controle adotadas pela SEAPI estÃo descritas em legislaçÃo específica do Programa Nacional de Sanidade de Equídeos a InstruçÃo Normativa nº 24 de 2004 (IN 24/2004) e na IN Estadual 03/2015.
Todas as medidas de defesa sanitária animal cabíveis foram tomadas, em atendimento as suspeitas de mormo notificadas. As propriedades vínculo, focos e suspeitas encontram-se interditadas e estÃo sob vigilância contínua do Serviço Veterinário Oficial até que se encerrem os procedimentos de saneamento.
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