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“Tenho orgulho de transportar o Brasil”

Última atualização 26 de julho de 2019 - 15:18:54

Aos 37 anos de idade, 14  deles na boleia de um caminhão, Carlos André da Silva, conta com orgulho para nossa reportagem a escolha pela profissão. Destaca que sempre gostou de caminhões e um dos motivos para a escolha é ter um grande exemplo de caminhoneiro em sua família: seu pai Almirando da Silva, que atuou no segmento por 46 anos.

André, reside em Palmitos, lugar escolhido para morar, ou melhor: para “parar de vez em quando”, em meio à suas viagens pelas estradas do Brasil.

Ele é um, dos mais de 2,2 milhões de profissionais registrados na área, segundo a Associação Brasileira dos Caminhoneiros, profissionais autônomos, funcionários de empresas de transportes e terceirizados. Profissionais que conhecem cada passo de 1,7 milhões de quilômetros de estradas, 87% delas, sem um centímetro de asfalto, conforme dados da Confederação Nacional de Transportes.

O motorista conta que, hoje os perigos do caminho, são muitos, e se comparado a antigamente, as estradas eram menos movimentas, e o profissional da área mais respeitado. “Hoje está mais difícil, aumentou o fluxo de veículos e acontecem muitos roubos”, afirma.

Essas dificuldades e a chamada ‘vida dura’, porém, não foram suficientes para que Silva a bordo do seu “ganha pão”, desistisse da profissão.  “Tenho orgulho de transportar o Brasil’, afirma, com o brilho no olhar, e satisfação pela profissão exercida. Dentre os motivos que mais encantam, está a possibilidade de ‘turistar’ trabalhando. As regiões que ele mais gosta de percorrer são o Nordeste, e o estado de Mato Grosso. “Gosto de estar em lugares diferentes todos os dias”, destaca.

Silva mostra que apesar das barreiras encontradas, das dificuldades diárias, seu amor e orgulho pela profissão são muito maiores, e ele sabe o valor dela e a importância que o caminhoneiro tem na vida da sociedade brasileira. Por isso, lamenta muitas situações que poderiam ser resolvidas, diante de políticas públicas voltadas a classe dos caminhoneiros. “Gostaria que os governantes olhassem com mais carinho para essa classe que carrega o Brasil, e que a sociedade também nos valorize mais”, finaliza.

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