O tempo destinado às interações com as crianças é um dos pilares fundamentais do trabalho pedagógico. Mais do que a execução de atividades planejadas, trata-se de um tempo de escuta, observação e partilha, no qual o educador reconhece a criança como sujeito ativo de direitos, produtora de cultura e protagonista de suas aprendizagens.
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI, 2010), o tempo da infância deve ser respeitado em sua singularidade. Compreender que o aprender acontece nas interações, nas brincadeiras e nas relações de cuidado. Dessa forma, o tempo com as crianças assume um caráter qualitativo, em que o educador organiza o ambiente, os materiais e as experiências de modo a favorecer vínculos afetivos e oportunidades de exploração e expressão.
Valorizar o tempo com as crianças implica desacelerar o ritmo, escutar com atenção, permitir que o brincar aconteça de forma livre e significativa. Essa postura pedagógica possibilita o desenvolvimento integral — cognitivo, emocional, social e físico — e reafirma o papel do professor como mediador sensível e comprometido com as experiências da infância.
O tempo com as crianças é um processo de aprendizagem e desenvolvimento colaborativo: enquanto elas constroem conhecimentos sobre o mundo, o educador também aprende com suas formas de ser, sentir e viver. Investir nesse tempo é reconhecer a potência da infância e a importância do vínculo afetivo como base do processo educativo.
Por: Silvana Dal Pizzol da Costa
Professora de Educação Infantil do Município de Palmitos
Professora do curso de Pedagogia- Faculdade FAOSC
Formadora LEEI- Leitura e escrita na Educação Infantil 2024/2025
Especialista em Educação Infantil e anos Iniciais
Especialista em Gestão escolar
Especialista em Supervisão escolar
Especialista em Psicopedagogia
Mestre em Educação
					 
					
										
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