Sucesso, apesar da crise
Última atualização 26 de fevereiro de 2016 - 11:04:56
Fazer planos – por acaso isso nÃo faz parte necessária da vida humana? A criança já sonha com o seu futuro: escreve sobre sua futura profissÃo, pinta sobre o que imagina de sua vida, que pode ser exatamente como a de seus pais. Desde criança, somos educados para preparar nosso futuro, que ele está em nossas mÃos, sob o lema: é preciso ser competitivo, pois a esses pertence o mundo!
Cada qual fabrica seu próprio destino! Quando adultos, nos sentimos pressionados pela ideia de termos de ser alguém na vida. Planejamos, projetamos, organizamos. E os riscos que nÃo podemos prever cobrimos com contratos de seguros. Sucesso, eis o que interessa! E facilmente desprezamos aquele que nÃo é tÃo capaz (ou tÃo feliz) no que faz. Aquele com uma vida limitada e vegetativa.
De acordo com o professor de Psiquiatria da Universidade de Campinas, Maurício Knobel, “Aproximadamente oito milhões de crianças e adolescentes brasileiros sofrem de doença mental.” Disse também que 70% das patologias mentais sÃo devido a fatores psicossociais, como a miséria e a falta de estrutura familiar.
Dados estatísticos como estes nos aborrecem, pois nos mostram um quadro humano muito triste. Pode até ser que nos deprimem por nÃo sabermos como agir diante da situaçÃo. “NÃo posso ajudar tantas pessoas, por isso é melhor esquecê-las”, pensamos. E assim elas sÃo, de fato, esquecidas. Sem ninguém para dividir seu sofrimento, miséria, suas crises!
Enquanto isso, no mundo dos vivos: A nossa vida é uma sucessÃo de crises e surpresas. Esperamos uma notícia boa, vem a má; aquele em quem nÃo confiamos, de repente, nos surpreende com provas de absoluta fidelidade; e o que julgávamos “salvador da pátria”, simplesmente se revela um tremendo fracasso.
A falta de gente séria e comprometida com as necessidades básicas do ser humano nos órgÃos do governo é tÃo antiga quanto o coraçÃo do homem.
Mil anos antes de Cristo, Davi fez uma oraçÃo atualíssima ao Senhor, dizendo: “Socorro, Senhor! Porque já nÃo há homens piedosos: desapareceram os fiéis entre os filhos dos homens.” (Salmo 12:1).
O rei Davi, um homem público, expressa seu descontentamento e grita a Deus por socorro, enfatizando o número considerável de pessoas dispostas a procurar vantagem em tudo, seja oprimindo os pobres, bajulando pessoas, fingindo ser o que nÃo sÃo, ostentando superioridade e aproveitando-se da ingenuidade popular.
Precisamos da misericórdia e da ajuda de Deus, para que a sabedoria deste mundo nÃo prevaleça em sua maldade, e para que atos concretos do amor Dele, espalhados em nós, possam temperar a nossa vida e a de nosso semelhante.
Paulo disse a Timóteo: “Torna-te padrÃo… no amor e na fé.” (Tm. 4.12). Os homens com a qualidade que o apóstolo Paulo requer sÃo necessários e imprescindíveis para os dias de hoje em nossa sociedade.
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