Poucas pessoas no mundo podem dizer que conseguiram realizar um sonho. A catarinense Bruna Karoline Occai, 24 anos, estava a um artigo de realizar um grande objetivo: de ser mestre. Ela já havia defendido a dissertação em banca e se preparava para a seleção do doutorado.
O próximo passo na carreira da bioquímica de Belmonte, no Oeste de Santa Catarina, foi interrompido no incêndio da boate Kiss, em Santa Maria, na madrugada deste domingo. Ela morreu no local, junto com outras 232 pessoas.
Bruna ouviu na universidade que vários alunos iriam se encontrar lá. Ligou no sábado para casa da família e comentou que iria sair. A mãe incentivou a filha a se divertir. Foi a última vez que a família falou com a estudante.
A catarinense era tão apegada à família que todos os dias ligava para a mãe. Bruna saia pouco e só se dedicava aos estudos, segundo a irmã mais velha, Carina Occai, 33 anos.
O pai de Bruna foi neste domingo de manhã para Santa Maria, junto com duas tias da estudante. Outro tio, o deputado federal Pedro Uczai, seguiu para cidade gaúcha à tarde.
A tragédia
O incêndio na boate Kiss, no centro de Santa Maria, começou entre 2h e 3h da madrugada de domingo, quando a banda Gurizada Fandangueira, uma das atrações da noite, teria usado efeitos pirotécnicos durante a apresentação. O fogo teria iniciado na espuma do isolamento acústico, no teto da casa noturna.
Sem conseguir sair do estabelcimento, mais de 200 jovens morreram e outros 100 ficaram feridos. Sobreviventes dizemque segurançaspediram comanda para liberar a saída, e portas teriam sido bloqueadas por alguns minutos por funcionários.
A tragédia, que teve repercussão internacional, é considera a maior da história do Rio Grande do Sul e o maior número de mortos nos útimos 50 anos no Brasil.
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