“Somente o povo unido e organizado conseguirá derrubar a reforma da previdência”, defende Luciane Carminatti
Última atualização 30 de março de 2017 - 16:22:39
Alertar a populaçÃo sobre as consequências gravíssimas da aprovaçÃo da reforma da previdência é o debate que tem levado a deputada estadual Luciane Carminatti a percorrer os municípios catarinenses, especialmente no oeste do estado. No mês de março, a parlamentar esteve em 15 cidades da regiÃo, além de se dedicar a um ciclo de conversas nas comunidades de Chapecó.
Na avaliaçÃo da deputada, a Proposta de Emenda à ConstituiçÃo (PEC 287), que trata da reforma da previdência, é perversa, pois retira direitos que foram conquistados com muito sacrifício. “Com a exigência de 65 anos de idade mínima e 49 anos de contribuiçÃo previdenciária, é provável que muitos brasileiros trabalhem a vida toda e mesmo assim nÃo consigam usufruir do seu direito de receber uma aposentadoria digna e proteçÃo social na velhice”, analisa.
Segundo Luciane, a proposta ataca a parcela da populaçÃo que mais deveria ter amparo do poder público. “O governo nÃo cobra as dívidas das grandes empresas e dos sonegadores, nem mexe nos altos salários, mas pressiona para aprovar a PEC que fecha as portas de emprego para os jovens, retira a aposentadoria especial dos agricultores e professores e castiga todos os trabalhadores, principalmente as mulheres. É uma decisÃo covarde e indigna aprovar uma proposta como essa”, enfatiza.
Enquanto deputada estadual, Luciane nÃo participará das votações que devem ocorrer na Câmara Federal e no Senado nos próximos meses. Mesmo assim, por conta da sua posiçÃo clara contra a PEC 287 e atuaçÃo comprometida com o debate público, a parlamentar se tornou referência no assunto. “A indignaçÃo cresce quando as pessoas tomam conhecimento dessas mudanças. É importante dizer que se essa reforma for aprovada a derrota nÃo será apenas da classe trabalhadora, mas também do município que terá sua arrecadaçÃo reduzida e do comércio e indústria que venderÃo menos. Todo o crescimento econômico estará comprometido”, afirma Luciane, ao lembrar que 70% dos municípios têm como principal renda os benefícios sociais repassados à populaçÃo.
É por isso que a deputada defende uma grande articulaçÃo entre todos os trabalhadores para pressionar os deputados e senadores a votarem pela rejeiçÃo total da proposta. “NÃo queremos emendas dos parlamentares, mas sim que a PEC 287 vá integralmente para a lata de lixo”, ressalta.
Nos próximos dias, a deputada participará de outros debates, entre os já confirmados estÃo Concórdia, Chapecó, SÃo Lourenço do Oeste, Caibi, Palma Sola e Romelândia.
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