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Sobrevivente de triplo assassinato em Cunha Porã deixa Hospital

Última atualização 10 de março de 2017 - 10:09:26
Gilvane Meyer recebeu alta na terça-feira, dia 07, do Hospital Regional de SÃo Miguel do Oeste. De acordo com a assessoria de comunicaçÃo da unidade hospitalar, ele saiu às 14h.Meyer é sobrevivente do triplo assassinato das irmÃs Horbach em Cunha PorÃ. Ele permaneceu uma semana internado, já que teve diversos ferimentos por faca pelo corpo.
Agora, o homem deve ser interrogado oficialmente pala Polícia Civil que investiga o caso e já indiciou o suspeito dos crimes, Jackson Lahr, que está preso na cadeia de Maravilha.

Suspeito tinha BO por ameaça e medidas protetivas decretadas

O delegado da Polícia Civil Joel Speccht confirmou que havia um boletim de ocorrência por ameaça contra Jackson Lahr, de 24 anos. O registro havia sido feito por Rafaela Horbach, 15 anos, uma das vítimas do triplo homicídio. Lahr foi preso em flagrante após o crime. Ele tem um filho de dois meses com Rafaela, com quem disputava judicialmente o pagamento de pensÃo e o direito de ver a criança.
De acordo com o delegado responsável pela investigaçÃo, também foram adotadas medidas protetivas para a vítima, impedindo a aproximaçÃo do suspeito. Speccht nÃo soube afirmar, no entanto, se a medida ainda estava em vigor.
Apesar de Lahr ter afirmado que nÃo lembra do assassinato das três irmÃs, o delegado afirmou que está certo da autoria. O suspeito confirmou apenas as agressões com faca a Gilvane Meyer, 25 anos, marido da irmà mais velha de Rafaela. A prisÃo em flagrante do suspeito foi baseada em três feminicídios, além da tentativa de homicídio contra Meyer.
Com o enquadramento do caso em feminicídio, a pena de Lahr pode chegar a 30 anos para cada uma das mortes, caso ele seja condenado. A sentença pode ainda ser agravada pelo fato de ele ter convivência com Rafaela e com o filho, além de ter sido próximo das irmÃs dela, também mortas. Segundo o delegado, a dificuldade de defesa das vítimas também foi usada como um motivo para a prisÃo de Lahr.

Como teria acontecido o crime

Lahr chegou à casa onde estavam as três irmÃs e Gilvane Meyer, além do bebê de dois meses. Com exceçÃo da criança, ele começou a agredir todos com golpes de faca. Meyer salvou-se ao se fingir de morto e ir buscar socorro no vizinho.

De acordo com o delegado, depois do crime, Lahr foi até a propriedade onde mora, no interior de Cunhataí, trocou de roupa e pediu para um familiar levá-lo ao hospital, alegando que sofreu o ferimento em uma queda. Ele foi preso no hospital de SÃo Carlos, três horas depois, por volta das 23h. O ferimento que estava sendo tratado tinha sido resultado da luta com Meyer.
Lahr foi levado para Maravilha, onde prestou depoimento, e encaminhado para a Cadeia Pública da cidade, por volta das 5h. Ele indicou uma advogada para defendê-lo, mas a profissional estava em viagem no litoral de SC. Por isso, o suspeito foi acompanhado por um defensor público. Speccht disse que, durante o depoimento, Lahr reclamou que estava sendo exigido um valor alto de pensÃo e que nÃo estava sendo permitida sua visita ao filho.

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