Só contrato da Nike gerou R$ 12 mi para Teixeira, indica polícia dos EUA
Última atualização 27 de maio de 2015 - 16:32:18
Foto: DivulgaçÃo
Os documentos da investigaçÃo de órgÃos dos EUA sobre contratos da CBF mostram que só o acordo da Nike gerou R$ 12 milhões em propinas para o ex-presidente Ricardo Teixeira. Pelo menos é o que diz José Hawilla, dono da Traffic, intermediadora da negociaçÃo à Justiça norte-americana. O executivo confessou crimes e devolverá dinheiro ao governo norte-americano.
Nesta quarta-feira, foram presos 14 dirigentes ligados à Fifa entre eles o vice-presidente da CBF, José Maria Marin, que está detido na Suíça. As ordens para prendê-lo vieram de processo nos EUA que investigam crimes no país por meio de grampos e documentos fiscais.
Um dos processo é contra José Hawiila. Neste processo, em que já assumiu a culpa, ele detalha como foi a negociaçÃo para fechar contrato da seleçÃo brasileira com “uma empresa de material esportivo dos EUA'' em 1996, um acordo por 10 anos, por US$ 160 milhões. Esses sÃo os exatos dados do acordo com a Nike.
Neste texto, é citado o conspirador número 13 que fechou o contrato : é apresentado como alto dirigente da Conmebol, da Fifa e da CBF, e responsável por negociar contratos da entidade. Apenas o entÃo presidente da confederaçÃo Ricardo Teixeira se encaixa neste perfil, nÃo há nenhum outro dirigente com essas características.
Pois bem, Hawilla em seu depoimento conta que o contrato de 44 páginas foi assinado por US$ 160 milhões, com a previsÃo de comissÃo para a Traffic. A CPI da CBF/Nike mostrou que o contrato previa que a Traffic do Brasil ficaria com 5% do contrato. Ou seja, US$ 8 milhões (R$ 24 milhões).
“Hawilla concordou em pagar e pagou ao conspirador número 13 (Teixeira) metade do dinheiro que ele fez com o negócio, totalizando milhões, como uma propina e um suborno'', afirma o documento da Justiça Americana. Ou seja, Teixeira ficou com US$ 4 milhões (ou R$ 12 milhões). O contrato foi encerrado em 2002.
É importante ressaltar que a negociaçÃo nÃo mostra nenhum pagamento feito pela Nike relacionado à propina. O dinheiro é dado para Teixeira pela Traffic. A empresa ainda nÃo se manifestou, e o ex-cartola da confederaçÃo ainda nÃo foi encontrado.
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