Foto: Epagri / Divulgação
Tradição e tecnologia andam juntas na propriedade rural da família Kuffel, em Linha Ervas, no interior de Mondaí.
Nas terras onde os pais iniciaram as primeiras lavouras há mais de 50 anos, Valdir Kuffel trabalha com a família com visão empreendedora, investindo em inovações que tornam a produção de leite, suínos e grãos cada vez mais rentável.
Com apoio da Epagri, a família construiu um silo para armazenar e secar os grãos que produz e uma pequena fábrica de ração.
Os investimentos reduziram os custos da propriedade e deixaram a alimentação dos animais bem mais barata.
O silo secador, desenvolvido pela Emater do Rio Grande do Sul, é uma tecnologia difundida pela Epagri que vem ganhando espaço na agricultura familiar catarinense.
Ele permite manter a colheita de grãos na propriedade e garantir a qualidade do produto.
O projeto do silo, dimensionado de acordo com as necessidades da propriedade, foi elaborado com assistência técnica do engenheiro-agrônomo Adair Magnaguagho, da Epagri.
O silo tem capacidade para mil e 500 sacas de milho e custou R$ 38 mil.
De acordo com o produtor Valdir Kuffel, o capital investido deve ser recuperado em apenas dois anos de uso.
O silo é construído em alvenaria e fica sob um galpão. Na lateral dele é acoplado um ventilador que faz a secagem dos grãos com ar natural.
Família Kuffel também instalou uma fábrica de ração
Para otimizar ainda mais o uso de grãos na propriedade, a família também construiu uma pequena fábrica de ração.
Agora, é preciso apenas adquirir os farelos e minerais para deixar a ração balanceada, pois o milho é produzido, armazenado, secado e expurgado na propriedade.
O sistema foi projetado de forma a diminuir a mão-de-obra da família.
Segundo o produtor Valdir Kuffel, em apenas 15 minutos são feitos 300 quilos de ração.
A produção também é fornecida para outras famílias da comunidade.
O engenheiro-agrônomo da Epagri, Paulo Roberto Kuhn, explica que a fábrica pode produzir todos os tipos de alimentos concentrados, destinados a várias categorias de animais, com diversas composições.
Outra tecnologia feita na propriedade e que trouxe economia foi a geração de energia solar.
Em 2019, eles instalaram um sistema de geração fotovoltaica para abastecer a propriedade.
Quando o sistema gera mais energia do que a propriedade consome, ele ajuda a abastecer a rede da Celesc e gera uma espécie de créditos que são monitorados por um medidor.
Quando o consumo de energia da propriedade é maior do que a geração solar, os créditos são usados pela família.
A propriedade tem 76 hectares de terras, com 70 matrizes leiteiras e 900 suínos na terminação.
Hoje, a maior fonte de renda da propriedade é a bovinocultura de leite, onde são produzidos entre 30 e 40 mil litros por mês.
Os proprietários realizam um trabalho voltado ao melhoramento genético do rebanho, com inseminação artificial e criação de novilhas para renovar o plantel leiteiro.
A família também adota uma série de medidas e cuidados para garantir a qualidade do leite, que deve estar dentro das normas federais para comercialização.
A suinocultura é exercida em forma de parceria com a Cooperativa Central Aurora Alimentos e a Cooperativa A1.
Outra fonte de renda da propriedade é o cultivo de milho e soja.
A soja, produzida para venda, é uma atividade recente que surgiu pelo interesse do agricultor em fazer rotação de culturas na lavoura.
A colheita de milho é de cerca de 4 mil sacas – cerca de um terço é utilizado na propriedade e o restante é vendido.
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