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Será que estamos errando na escolha?

Última atualização 24 de setembro de 2025 - 09:55:56

Dois afastados por impeachments e dois condenados e presos. O Brasil carrega uma triste marca em sua história recente: a sucessão de presidentes afastados, processados, investigados ou até mesmo presos. Essa realidade nos leva a uma pergunta inevitável: será que estamos errando na escolha de nossos líderes? Em apenas algumas décadas, passamos por dois impeachments e vimos ex-presidentes enfrentarem a prisão, algo que deveria ser impensável em uma democracia madura.

Esse cenário reflete, em grande parte, uma crise de valores e de representatividade. Nossos processos eleitorais são legítimos, mas será que nossas escolhas têm sido conscientes e baseadas em critérios sólidos de competência, ética e visão de futuro? Muitas vezes, o debate político no Brasil se reduz a paixões partidárias e a promessas imediatistas, enquanto questões estruturais ficam em segundo plano.

O resultado é um ciclo de frustração e descrença. A população deposita esperanças em um novo presidente, mas, em pouco tempo, surgem denúncias, escândalos e crises que abalam a confiança. Isso enfraquece não apenas o governo, mas a própria democracia, gerando descrédito nas instituições e na política como um todo.

Com estas rixas de poder, até nossa bandeira virou símbolo de ódio por alguns fanáticos. No entanto, essa realidade não pode ser encarada apenas como culpa dos governantes. Também somos responsáveis, enquanto eleitores e cidadãos, pelas escolhas que fazemos. Muitas vezes, votamos sem conhecer profundamente o histórico, as propostas e a integridade de quem elegemos. Outras vezes, nos deixamos levar por discursos fáceis, por promessas que soam sedutoras, mas que não têm base prática ou compromisso real com o país.

A triste realidade dos impeachments e das prisões presidenciais é um sinal de alerta. E o futuro do Brasil depende de escolhas mais responsáveis e conscientes. Só assim poderemos escrever uma nova história, em que a Presidência da República volte a ser símbolo de orgulho, respeito e credibilidade – e não de vergonha e frustração.

Por Jaime Folle

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