Foto: Gabriel Zapella/DivulgaçãoA Secretaria de Defesa Agropecuária, do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), informou que foram encontrados fungos, ácaros e bactérias nos pacotes de sementes não solicitados que chegaram ao país.
Em Santa Catarina, o primeiro caso foi registrado em Jaraguá do Sul, após um morador comprar itens de decoração em um aplicativo asiático.
Segundo as análises laboratoriais foram identificadas: presença de ácaro vivo em uma amostra, três fungos diferentes em 25 amostras e uma bactéria em duas amostras. Além disso, em quatro amostras há a possibilidade de espécie de planta quarentenária, ou seja, que não existe no Brasil.
As análises estão sendo realizadas no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, em Goiás. A expectativa é de que em 30 dias haja um detalhamento maior dos resultados.
Até esta terça-feira (6), foram confirmados 258 pacotes de sementes não solicitados em 24 estados e no Distrito Federal. Apenas o Maranhão e o Amazonas não registraram casos.
Os pacotes supostamente foram enviados de quatro países da Ásia.
Moradores não devem abrir os pacotes
A orientação é de que, caso receba o pacote, a pessoa deve encaminhá-lo a uma unidade do Mapa ou entidade estadual de agricultura. Além disso, o material não deve ser aberto, manuseado, plantado ou descartado no lixo.
“Estamos falando de material não solicitado, que não tem controle e não sabemos a origem nem o que está carregando. Apesar da pequena quantidade, podem trazer pragas para a nossa agricultura, como plantas daninhas, fungos e outras doenças como bactérias, vírus”, disse o secretário de Defesa Agropecuária, José Guilherme Leal.
O diretor do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas, Carlos Goulart, afirma que esse tipo de recebimento, nesta quantidade, é inédito no mundo.
“Essa importação de material, solicitado ou não sem a certificação, sempre foi proibida no Brasil e no mundo. O que chamou a atenção foram usuários terem recebido os pacotes sem terem sido solicitados”, explica.
Investigação
Ainda segundo o secretário João Guilherme Leal, após o recolhimento de todas as informações, será feita interação com as autoridades fitossanitárias dos países que, supostamente, realizaram o envio das sementes.
Caso seja necessário, outros órgãos, como autoridades policiais, poderão ser acionados. Porém, o secretário afirma que “ainda não há elementos para afirmar se é uma ação intencional” para introdução de uma praga no Brasil.
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