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Secretaria da Agricultura contabiliza as perdas devido ao excesso de chuvas

Última atualização 8 de junho de 2017 - 11:19:01
As chuvas que atingiram Santa Catarina causaram estragos também ao setor agropecuário. A Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca e o Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa/Epagri) já calculam os prejuízos, principalmente nas safrinhas de feijÃo e milho, que estÃo em fase final de colheita. O relatório preliminar foi divulgado nesta quarta-feira, 7, e seguirá com atualizações constantes.
O impacto maior do excesso de chuvas no setor agropecuário será sentido pelos produtores de feijÃo e milho. Apesar de boa parte da 2ª safra já ter sido colhida, as perdas nas áreas remanescentes podem chegar a 100%. As regiões mais atingidas foram a Oeste e Extremo-Oeste, lembrando que na regiÃo de Rio do Sul ainda nÃo foi possível realizar levantamento de perdas agrícolas.
O relatório preliminar de eventuais perdas no setor agropecuário em Santa Catarina utilizou dados levantados pelas gerências regionais da Epagri e por técnicos da Epagri/Cepa nas regiões mais afetadas do estado.

Oeste Catarinense

Somadas as microrregiões de Chapecó, Concórdia e Xanxerê, sÃo 71 municípios com 11,8 mil hectares plantados de feijÃo. E a produçÃo da safrinha era esperada em 22,2 mil toneladas.
Segundo informações obtidas com técnicos e produtores dos municípios afetados, falta colher seis mil hectares de feijÃo e as perdas sÃo estimadas em 50% da produçÃo, ou seja, cinco mil toneladas que poderÃo ser perdidas.
Na produçÃo de leite ainda nÃo há registro de perdas. As coletas estÃo sendo executadas, mesmo com dificuldade devido às estradas danificadas.

Meio-Oeste

Na regiÃo de Joaçaba os maiores prejuízos sÃo na atividade leiteira. A reduçÃo na produçÃo já gira em torno de 10%. Além disso, os técnicos da Epagri descrevem o atraso tanto no plantio de alho quanto no término da colheita de milho.

Sul Catarinense

Os danos também sÃo sentidos nas lavouras de feijÃo e, principalmente, nas hortaliças. A regiÃo de Criciúma já contabiliza perdas de aproximadamente 35% nas plantações de hortaliças e a safrinha de feijÃo pode ter 30% da produçÃo comprometida.
A colheita de feijÃo esperada nas regiões de TubarÃo, Criciúma e Araranguá era de seis mil toneladas, das quais 1,5 mil toneladas podem ser perdidas ou se forem colhidas o grÃo pode nÃo ter qualidade comercial.
Na pecuária de leite, as perdas giram em torno de 20% em decorrência das pastagens de inverno que nÃo se desenvolvem plenamente.

Planalto Norte

Na regiÃo de Canoinhas, os principais problemas estÃo na atividade leiteira. A captaçÃo de leite continua a ser feita por acessos alternativos, por causa das estradas interditadas, porém as pastagens estÃo sendo danificadas pelo excesso de chuvas.
No município de Ireneópolis, onde o plantio de cebola é realizado sob o sistema de plantio direto, poderá ocorrer replantio de algumas áreas devido às enxurradas.

Extremo-Oeste

Na regiÃo de SÃo Miguel do Oeste há diminuiçÃo no volume de leite produzido e perdas na produçÃo de silagem e de pastagens anuais.
Boa parte da produçÃo de feijÃo já foi colhida, porém cerca de 1,8 mil toneladas poderÃo ser perdidas.

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