Home SC vermelha: todas as regiões estão em nível gravíssimo para Covid-19 pela 1ª vez

SC vermelha: todas as regiões estão em nível gravíssimo para Covid-19 pela 1ª vez

Última atualização 23 de dezembro de 2020 - 11:14:06

Atualização mostra o Estado todo no nível gravíssimo (vermelho) – Foto: SES/Divulgação

Santa Catarina vive um dos piores momentos da pandemia, refletido na nova atualização do mapa de risco, divulgada pelo governo do Estado nesta quarta-feira (23).

Todas as 16 regiões de Santa Catarina se encontram no nível gravíssimo (vermelho) para a Covid-19. Esta é a primeira vez, desde o início da pandemia, que todo o Estado atinge o pior indicador para a Covid-19.

Santa Catarina está em situação de alerta em todos os quatro indicadores em que a matriz se baseia. São eles evento sentinela (mortes e comportamento da pandemia), transmissibilidade, monitoramento e capacidade de atenção

A pior situação, no entanto, está nos índices de monitoramento e ocupação dos leitos de UTI: das 16 regiões, 14 estão no nível gravíssimo – somente Extremo-Oeste e Xanxerê estão em situação grave.

Além disso, há regiões em que os quatro índices aparecem em nível gravíssimo: Grande Florianópolis, Alto Vale e Nordeste do Estado.

A matriz mostra ainda que o aumento na transmissibilidade está em nível gravíssimo em mais da metade das regiões. No boletim anterior, apenas as regiões Nordeste e Meio-Oeste estavam nesta situação.

Em relação às mortes, também houve aumento no número de regiões no alerta máximo, sendo que as que estão com os números mais preocupantes: Alto Vale do Rio do Peixe, Carbonífera, Extremo Sul, Foz do Rio Itajaí, Laguna e Serra catarinense

A principal mudança em relação à última semana está na região de Xanxerê, que subiu para o nível gravíssimo. Pela primeira vez desde o início da pandemia não há regiões no nível grave (laranja), alto (amarelo) e moderado (azul).

Liberações e ação do MP

A gravidade ocorre justamente na época em que começa a temporada de verão em Santa Catarina. Na última semana, o governo do Estado divulgou uma série de flexibilizações, como lotação máxima de hotéis, abertura de parques aquáticos e liberação de eventos e casas noturnas.

Nesta terça-feira (22), a Justiça acatou pedido do MPSC (Ministério Pública de Santa Catarina) para restringir as liberações do Estado.

Mapa mais acertivo após mudanças

A Secretaria de Estado da Saúde divulgou, na semana passada, mudanças na metodologia de avaliação do mapa.

Segundo a epidemiologista Maria Cristina Willemann, foi alterado o ajuste do número de casos ativos por nowcasting, que agora são chamados de “infectantes”.

Também houve modificação da dimensão “monitoramento” pelo novo perfil epidemiológico, já que muitos casos estão sendo frutos de aglomerações em grupos intrafamiliares.

A epidemiologista descreveu que a dimensão do monitoramento como estava programada gerava uma distorção no indicador do efeito de desenho da síndrome gripal.

Desta forma, o indicador de sensibilidade passou a ser medido por confirmação laboratorial dos PCR, não mais utilizando dados que necessitam de informação individual no e-SUS.

“Isto vai provavelmente reduzir possíveis erros provindos de instabilidade no sistema de informação ou diminuição da capacidade de digitação pelos municípios”, informou Maria Cristina.

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