No total, 17 pessoas sofreram ataques por animais peçonhentos em Santa Catarina nos primeiros meses de 2025 (Foto: CBMSC, Divulgação)
Entre 1º de janeiro e 19 de fevereiro de 2025, Santa Catarina registrou 203 ocorrências de busca e captura de animais peçonhentos em todo o Estado. O número, segundo o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), é 54,54% maior quando comparado aos meses de inverno de 2024 (junho a setembro).
Os atendimentos de Assistência Pré-Hospitalar (APH) devido a ataques de cobras, escorpiões, aranhas e lacraias também subiram, passando de 11 casos no inverno para 17 nos primeiros meses de 2025, informou o CBMSC nesta sexta-feira (21).
O aumento de casos de captura e ataques de animais peçonhentos em Santa Catarina nos primeiros meses de 2025 está relacionado com o calor. Conforme os bombeiros, durante o período, as espécies saem com mais frequência dos seus esconderijos, o que aumenta as chances de acidentes.
— As serpentes são as mais frequentes nas ocorrências, algumas vezes causando acidentes de interesse médico, com intoxicações, algumas vezes apenas com lacerações, mas é mais comum apenas o avistamento desses animais e o acionamento para que o Corpo de Bombeiros Militar faça a remoção e encaminhamento para um local seguro para todos. Neste sentido, orientamos que as pessoas se protejam e evitem criar condições para a proliferação desses animais — diz.
No último domingo (16), um turista argentino foi picado por uma jararaca enquanto fazia uma trilha na Barra da Lagoa, no Leste de Florianópolis. A vítima, de acordo com os bombeiros, foi atendida pelos guarda-vidas e encaminhada ao hospital pelo helicóptero Águia.
Já na terça-feira (18), os socorristas capturaram três cobras corais-verdadeiras em uma residência no município de Gaspar. Segundo os especialistas, um dos principais fatores para essa alta é a busca por alimento, já que durante o verão há uma maior proliferação de presas como ratos, baratas e lagartos, o que atrai os animais peçonhentos para áreas urbanas e rurais.
Como evitar
Usar botas de cano alto ou botinas com perneiras ao circular por áreas de vegetação densa, como matas, campos e praias;
Evitar colocar as mãos em buracos, pilhas de folhas secas ou entulhos, pois podem servir de esconderijo para esses animais;
Manter o quintal limpo, eliminando acúmulo de lixo, entulhos e lenha, que podem atrair roedores e, consequentemente, serpentes;
Estar atento ao fazer trilhas ou trabalhar em áreas abertas com vegetação alta.
O que fazer em caso de acidente
Lavar o local da picada com água e sabão;
Evitar movimentação excessiva para não espalhar o veneno pelo corpo;
Remover anéis, pulseiras ou outros itens que possam dificultar a circulação em caso de inchaço;
Não fazer torniquete, cortes ou aplicar substâncias no local da picada;
Acionar imediatamente o serviço de emergência pelos telefones 193 ou 192;
Se possível, tirar uma foto do animal para facilitar a identificação e o tratamento adequado.
Cobras em Santa Catarina
As serpentes, por exemplo, podem ser classificadas em dois grupos: peçonhentas, que produzem e inoculam veneno, e não peçonhentas.
No estado de Santa Catarina, as espécies de serpentes de interesse médico incluem jararaca (Bothrops jararaca), jararacussu (Bothrops jararacussu), cascavel (Crotalus durissus) e coral-verdadeira (Micrurus sp.). A picada desses animais pode causar sintomas variados, conforme a espécie.
fonte: NSC Total
Número é 54,54% maior em relação aos meses de inverno de 2024 (junho a setembro)
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