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SC ganhará certificação de Zona Livre de Peste Suína pela primeira vez

Última atualização 27 de maio de 2015 - 08:53:52
Santa Catarina receberá certificaçÃo internacional como zona livre de peste suína clássica da OrganizaçÃo Mundial de Saúde Animal (OIE) na 83ª Assembléia Mundial em Paris (França), com início marcado para domingo (24). “Pela primeira vez a OIE certificará países ou zonas livres de peste suína clássica, o que faz de Santa Catarina – e do Rio Grande do Sul – , uma das únicas regiões do mundo com esse reconhecimento”, afirmou o vice-governador Eduardo Moreira, que representará o governador Raimundo Colombo no evento. A solenidade para entrega do documento será dia 28, na Fondation Maison de la Chimie.
“Esta será a segunda certificaçÃo internacional que garante a excelência sanitária do rebanho catarinense; desde 2007 a OIE reconhece SC como zona livre de febre aftosa sem vacinaçÃo, o que caracteriza o mais elevado padrÃo de erradicaçÃo de uma doença”, salientou Moreira. O Estado está se preparando para receber o documento da OIE há 10 anos. Entre os procedimentos adotados estÃo a implantaçÃo de barreiras (63), vigilância ativa das criações e monitoramentos anuais – 123.906 análises laboratoriais – para comprovar a erradicaçÃo da doença entre 2010 e 2014.
“O reconhecimento internacional valorizará ainda mais o agronegócio catarinense; temos uma condiçÃo diferenciada em relaçÃo aos demais estados e isso é determinante para a conquista e a manutençÃo de mercados internacionais para a nossa carne suína”, disse o secretário da Agricultura, Moacir Sopelsa, que integra a comitiva catarinense junto com o secretário-executivo de Assuntos Internacionais, Carlos Vieira; o presidente da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Enori Barbieri; o presidente do Badesc, Wellington Bielecki, o diretor de Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Roni Barbosa; o diretor da Fiesc, Carlos Fonseca, e o deputado estadual José Ascari.
SC é o maior produtor e exportador nacional de carne suína. SÃo 10 mil propriedades rurais – quem em 2013 conforme a AssociaçÃo Catarinense de Criadores de Suínos, geraram 65 mil empregos diretos em 140 mil indiretos – integradas as 159 agroindústrias estabelecidas no Estado. A produçÃo anual de carne suína gira em torno de 850 mil toneladas.
Com um rebanho efetivo estimado em 7,9 milhões de cabeças, o Estado é responsável por 27% da produçÃo nacional, cerca de 3,48 milhões de toneladas, e aproximadamente 35% das exportações brasileiras, de um total de 505 mil toneladas em 2014. Também no ano passado, o Estado exportou 182 mil toneladas de carne in natura e produtos industrializados no valor de US$ 591 milhões. Os principais destinos foram a Rússia, Hong Kong, Angola, Cingapura, Chile, JapÃo, Uruguai e Argentina.
Faz 25 anos que nÃo há registro de peste suína clássica no rebanho catarinense. O Estado mantém um rigoroso controle das doenças animais através da Cidasc e do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa), com a participaçÃo dos criadores e entidades ligadas ao setor. Hoje a Cidasc mantém 63 barreiras sanitárias permanentes nas divisas com o Paraná e o Rio Grande do Sul e também com a Argentina, para impedir o ingresso de animais e produtos de origem animal que possam contaminar o rebanho catarinense.
OrganizaçÃo Mundial de Saúde Animal
A OIE foi criada em janeiro de 1924 para combater as enfermidades dos animais, em especial a peste bovina, atualmente erradicada no mundo. Ela conta com 180 países membros, dispõe de escritórios regionais em todos os continentes e mantém relações permanentes com 45 organizações internacionais. Um dos principais objetivos da entidade é garantir a transparência da situaçÃo sanitária no mundo e a segurança sanitária no comércio mundial de animais e seus produtos, particularmente dos alimentos. As regras internacionais preconizadas pela OIE protegem os países contra enfermidades e sÃo cumpridas pela OrganizaçÃo Mundial do Comércio (OMC).
Entre as seis enfermidades certificadas, o Brasil já obteve o reconhecimento como área livre de febre aftosa com vacinaçÃo para 23 estados, sem contar SC que é o único estado brasileiro livre da doença sem vacinaçÃo; área livre da peste dos pequenos ruminantes e risco insignificante para a encefalopatia espongiforme bovina (vaca louca). As demais certificações contemplam a peste suína clássica, a peste equina e a pleuropneumonia contagiosa bovina.
Alemanha
A comitiva catarinense se deslocará para Munique, na Alemanha, terça-feira, dia 26. Na Câmara de Comércio e Indústria de Munique e da Alta Baviera, o Governo do Estado e a Fiesc promoverÃo o Seminário de Oportunidades de Negócios, Parcerias e Investimentos em Santa Catarina.

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