SC completa 24 anos sem registro de febre aftosa
Última atualização 16 de maio de 2017 - 09:12:46
Em 2017, Santa Catarina comemora 10 anos do reconhecimento como zona livre de febre aftosa sem vacinaçÃo pela OrganizaçÃo Mundial de Saúde Animal (OIE).
Em 25 de maio de 2007, o Estado se tornou o único do país a conquistar esse status sanitário diferenciado, sendo referência em sanidade animal. O último foco da doença em Santa Catarina foi registrado em 1993 e a última vacinaçÃo foi em maio de 200.
Segundo o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa, foi um trabalho intenso até que Santa Catarina erradicasse a doença e conquistasse o reconhecimento internacional.
Os esforços iniciaram em 1965, quando o Governo do Estado, Ministério da Agricultura, agroindústrias e produtores rurais se uniram para combater a febre aftosa no território catarinense.
O Estado, que chegou a ter uma média de 462 focos por ano entre 1971 e 1983, erradicou a doença e em 1993 registrou a última ocorrência de febre aftosa.
Ele disse que erradicar a doença e buscar a certificaçÃo internacional foi uma estratégia para abrir mercados internacionais mais competitivos para a carne catarinense, além de garantir a segurança alimentar dos consumidores.
A febre aftosa é a enfermidade que mais causa prejuízo econômico a um país, especialmente pelas restrições aos mercados internacionais de animais e seus produtos.
A partir da certificaçÃo como zona livre de febre aftosa sem vacinaçÃo, Santa Catarina teve acesso aos mercados mais competitivos do mundo e se tornou o maior exportador de carne suína do país. Só em 2016 foram embarcadas 274 mil toneladas de carne suína, com um faturamento de US$ 555,2 milhões.
Para evitar a entrada do vírus da febre aftosa em Santa Catarina, o Governo do Estado e iniciativa privada realizam um controle sanitário eficiente através da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa), com a participaçÃo dos criadores e suas entidades representativas.
A Cidasc mantém 63 barreiras sanitárias fixas nas divisas com Paraná, Rio Grande do Sul e Argentina que controlam a entrada e a saída de animais e produtos agropecuários. Além do controle do trânsito de animais e produtos de origem animal nas fronteiras, em Santa Catarina todos os bovinos e bubalinos sÃo identificados e rastreados.
Já que é proibido o uso de vacina contra febre aftosa em todo o território catarinense, nÃo é permitida a entrada de bovinos provenientes de outros estados, onde a vacinaçÃo é obrigatória. Para que os produtores tragam ovinos, caprinos e suínos criados fora de Santa Catarina é necessário que os animais passem por quarentena tanto na origem quanto no destino e que façam testes para a febre aftosa, exceto quando destinados a abatedouros sob inspeçÃo para abate imediato.
O Governo do Estado mantém ainda um sistema permanente de vigilância com o intuito de demonstrar a ausência do vírus de febre aftosa em Santa Catarina. Continuamente, a Cidasc realiza inspeções clínicas e estudos sorológicos nos rebanhos, além de dispor de uma estrutura de alerta para a investigaçÃo de qualquer suspeita que venha a ser notificada pelos produtores ou por qualquer cidadÃo.
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