A roupa branca escolhida para comemorar a virada de um novo ano nem sempre reflete os significados da cor: paz e tranquilidade. O final de um ano é, na verdade, um momento que pode gerar estresse além do habitual e afetar a saúde do corpo e da mente. Dias mais agitados, tarefas por acabar, compromissos e mesmo as festas de dezembro podem gerar ansiedade, exigindo alerta e uma dose ainda maior de autocuidado.
A cooperativa médica Unimed Grande Florianópolis está atenta a esse cenário, cumprindo com sua meta de cuidar da saúde das pessoas, especialmente de forma preventiva. Assim, foi atrás de algumas informações para reduzir a pressão dos dias finais de 2025, ajudando a viver esse período de maneira saudável e preparando a chegada de 2026 com tudo o que ele pode trazer de bom.
O médico psiquiatra cooperado da Unimed, Dr. Gustavo Adolfo Matos, destaca os fatores estressores do final do ano: cansaço acumulado, excesso de demandas e expectativas em relação à pausa das comemorações. Além disso, quando finalmente param, muitas pessoas entram em contato com questões emocionais que ficaram encobertas pela rotina. “O período ainda envolve vínculos familiares e lembranças sensíveis. Conflitos, perdas e feridas emocionais que passam despercebidas durante o ano e que podem se tornar mais evidentes nesse momento”.
Há também outra razão apontada pelo médico que explica a sensibilidade do último mês do ano. “As expectativas depositadas no novo ano e o balanço do que foi ou não alcançado no ciclo anual que se encerra geram mais carga emocional. Por tudo isso, o período pode precisar de mais cuidado, sem esquecer que a saúde mental necessita atenção todos os dias, o ano inteiro”.
A forma de enfrentar esse quadro começa por refletir sobre os mundo à volta. “Vivemos em uma sociedade marcada por muita exigência de produtividade e sucesso, o que produz aceleração e cobrança constante. A vida poderia ser mais leve se não estivéssemos o tempo todo submetidos a tantas metas. É importante pensar em formas de proteger a saúde mental também nesse contexto”.
Por essas razões, o Dr. Gustavo Adolfo Matos afirma que o mais importante é compreender que a saúde da mente precisa ser observada continuamente, como parte da rotina, e não apenas diante de datas específicas. “Em grande parte, o final do ano reflete o modo como vivemos os meses anteriores. Se cuidamos dos limites, das prioridades e do equilíbrio emocional ao longo do tempo, chegamos a esse período de forma mais saudável. Então, a principal recomendação não diz respeito apenas ao fim do ano, mas nos seus 365 dias: cultivar atenção constante à saúde mental. Dessa forma se pode desejar um excelente final de ano e que 2026 traga avanços importantes para todos nós nesse campo tão fundamental da vida”.
A psicóloga Ana Priscila Rischter, do Departamento de Atenção à Saúde (DPAS) da Unimed Grande Florianópolis apresenta algumas dicas especiais para ajudar a atravessar dezembro com mais leveza, combinando autocuidado emocional com ajustes práticos na rotina:
A ambivalência das emoções da época também faz parte dos sinais de alerta da psicóloga. “Esses dias podem reunir conquistas e frustrações, luz e sombra ao mesmo tempo”. Nesse sentido, a profissional ressalta a positividade como forma de enfrentar os desafios da data. “Muitas pessoas vivem um balanço interno espontâneo e acabam focando mais no que faltou do que no que foi alcançado. Isso acontece por um mecanismo psicológico chamado viés da negatividade, que faz o cérebro dar mais peso aos erros e às falhas do que aos sucessos. Essa tendência aumenta os sentimentos de culpa, insuficiência e autocrítica”.
Por isso, reconhecer vitórias, mesmo que pequenas, é fundamental. “Essa atitude fortalece a autoestima, a motivação e a esperança, que são fundamentais para a saúde de cada pessoa”.
Fonte: ND+
O fechamento do ano costuma provocar reflexões sobre metas, conquistas e desafios, exigindo ainda mais atenção para a saúde mental, que precisa ser cuidada diariamente
Foto: Divulgação/ND
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