SÃO MIGUEL DO OESTE
São Miguel do Oeste está no topo de um ranking nada agradável. O município foi o que mais registrou focos do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, em Santa Catarina em 2014. Os dados foram divulgados na segunda-feira, dia 6, em relatório apresentado pela Diretoria de Vigilãncia Epidemiológica (Dive). Em apenas seis dias foram confirmados 25 focos do mosquito, o que representa quase a metade do total registrado em toda Santa Catarina no período, que contabilizou 53.
Apesar da alta incidência de focos no município, que vem aumentando consideravelmente desde o ano passado, nenhum caso da doença foi registrado até agora. Porém, a preocupação fica por conta do risco da entrada do vírus, como explica a coordenadora da equipe de combate à Dengue de São Miguel do Oeste, Rafaela Perondi. Segundo ela, a proximidade com Chapecó, que tem circulação viral e já registrou casos da doença em 2013, também preocupa.
Rafaela acrescenta que a equipe de combate à Dengue tem intensificado os trabalhos desde o ano passado, mas o calor e a umidade ajudam na proliferação do mosquito. Ela lembra que não basta apenas a equipe realiza os trabalhos, sem que a população faça sua parte. As melhores ações seguem sendo evitar despejar lixo em terrenos baldios e não deixar recipientes que possam acumular água em quintais e fundos de residências. A coordenadora faz um alerta à população e lembra que o período mais crítico será em fevereiro.
Ano passado Santa Catarina deixou de ser o único estado no país livre da circulação do vírus da Dengue. Foram 254 casos confirmados de pessoas doentes em todas as regiões. Destes, 18 deles contraíram a doença em Itapema, no Litoral Norte, e Chapecó, no Oeste. Foi a primeira vez que houve contaminação em municípios catarinenses. No total, foram encontrados 2.384 focos em toda Santa Catarina. A umidade e o calor aumentam as chances de proliferação do mosquito.
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