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Santa Catarina tenta conter avanço da Covid-19 sem novo lockdown

Última atualização 24 de fevereiro de 2021 - 16:47:03

Governo e prefeituras estão articulando ações para aumento de leitos Covid nas unidades hospitalares de SC – Foto: Divulgação/Secom

O resultado da reunião desta terça-feira (23) entre os prefeitos e o governo do Estado mostrou que as autoridades esperam superar o gravíssimo cenário epidemiológico da Covid-19 em Santa Catarina sem a adoção de um novo lockdown nas atividades econômicas.

O esforço concentrado é no sentido de aumento de leitos no sistema de saúde,  conscientização para mudança de comportamento de parte da população, reforço da fiscalização e, por fim, medidas restritivas de circulação das pessoas. Na prática, é a volta do toque de recolher.

Serão oficializadas hoje, por decreto do governador Carlos Moisés (PSL), as novas regras para enfrentamento da pandemia que terão validade por 15 dias.

Entre elas, toque de recolher com proibição de atividades não essenciais entre meia-noite e 6h, e ocupação máxima do transporte público em 50%. Os municípios poderão, no entanto, baixar normas mais rígidas.

O toque de recolher foi, inclusive, defendido pela Associação Brasileira de Shopping Centers como alternativa ao fechamento geral da economia. “A contaminação está se dando à noite, em festas clandestinas e outras formas de aglomeração sem a observância das regras, bem longe dos shoppings e outras formas de comércio varejista e seus rígidos protocolos”, afirmou Walther Biselli Jr., coordenador estadual da Abrasce em Santa Catarina, que defendeu mais rigor da fiscalização nas ruas.

“Apenas ampliar o número de leitos de UTI no Estado não será suficiente para salvar vidas. Não estamos aguardando, já estamos lidando com o colapso da saúde em Santa Catarina. Precisamos reduzir a necessidade de hospitalização”, disse o procurador-geral de Justiça, Fernando Comin, que também participou da reunião de ontem.

Ele destacou ainda a importância de uniformidade entre Estados e municípios. “Precisamos de medidas que sejam abraçadas por todos”, defendeu.

“O foco é abrir leitos nas estruturas atuais e nas unidades privadas”, disse o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), que descartou, no momento, a abertura de hospitais de campanha na cidade.

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