A produção industrial de 11 dos 15 locais investigados pela
PIM Regional (Pesquisa Industrial Mensal) cresceu em maio, quando o índice
nacional avançou 0,3%. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística), que divulgou nesta sexta-feira (8) os resultados, as maiores
altas ocorreram no Amazonas (6,6%) e em Mato Grosso (4,6%).
Ceará (3,2%), Goiás (3,2%), Espírito Santo (2,8%), Santa
Catarina (1,6%) e Rio Grande do Sul (0,7%) também registraram avanços acima da
média nacional (0,3%).
O principal destaque, no entanto, foi o Paraná, com elevação
de 3,5%. Segundo o analista da pesquisa, Bernardo Almeida, depois de cair 4,1%
em abril, o Paraná foi a maior influência positiva sobre o resultado nacional
em maio.
“Com o resultado, o estado consegue quase eliminar a perda
no mês anterior. O setor de alimentos foi o que mais influenciou o resultado do
Paraná, seguido de máquinas e equipamentos, outro setor bastante importante na
indústria do estado”, informou Almeida. Para ele, houve um “espalhamento” de
resultados positivos em maio.
O Pará, com taxa negativa de 13,2%, teve o recuo mais
elevado, causado pelo baixo desempenho do setor extrativo, que concentra a
maior parte da atividade industrial do estado. “Este é o resultado negativo
mais intenso para o estado desde março de 2020, quando atingiu a taxa de -16%”,
afirmou o analista.
Os estados do Rio de Janeiro e de Pernambuco também tiveram
taxas negativas em maio: -4,1% e -2,4%, respectivamente.
Conforme a PIM Regional, a segunda maior influência sobre o
resultado nacional é da indústria do Amazonas com crescimento de 6,6%, o maior
em termos absolutos. Segundo o IBGE, a alta de maio elimina a perda de 0,1% de
abril. “Os destaques foram a indústria de equipamentos de informática, produtos
eletrônicos e ópticos e o setor de bebidas, que influenciaram o crescimento da
produção industrial amazonense.”
Com variação positiva de 0,3%, São Paulo foi a terceira
maior influência, acompanhando o percentual do índice nacional. Para Almeida, o
crescimento, considerado tímido, teve como influência positiva os setores de
veículos automotores e de máquinas e equipamentos.
“Esse índice não suprime a perda sofrida no mês anterior de
3,6%. Com esse resultado de 0,3% na passagem de abril para maio, São Paulo
continua 1,9% abaixo de seu patamar pré-pandemia e 23,4% abaixo em relação ao
patamar mais alto da série histórica, em março de 2011”, acrescentou.
Média trimestral
Quanto à média móvel trimestral, que apresentou índice de
0,4%, houve taxas positivas em 11 dos 15 locais pesquisados. Amazonas (2,3%),
Ceará (1,9%), Rio de Janeiro (1,3%), Bahia (1,2%), Mato Grosso (1,2%), Região
Nordeste (1,1%) e Goiás (0,8%) foram os destaques. Também neste caso, a
principal perda ficou com o Pará (-4,7%).
Acumulado
De janeiro a maio, dez dos 15 locais pesquisados tiveram
queda, com destaque para o Pará (-11,9%), Santa Catarina (-6,6%) e Ceará
(-6,2%).
No acumulado dos últimos 12 meses, nove dos 15 estados
pesquisados recuaram. O Amazonas passou de 1,5% para -1,8%; o Ceará, de -3,7%
para -6,5%; Minas Gerais, de 4,7% para 2%; Espírito Santo, de 4% para 1,3%;
Santa Catarina, de 0,1% para -2,3%; São Paulo, de -0,8% para -3,0%; Pará, de
-7,6% para -9,3%; e Rio Grande do Sul, de 2,1% para 0,4%.Esses locais
apresentaram as principais perdas entre abril e maio deste ano, enquanto a
Bahia, que saiu de -7,0% para -3,9%, e Mato Grosso, que passou de 8,5% para 10,6%,
tiveram os maiores ganhos entre os dois períodos.
Pesquisa
De acordo com o IBGE, desde a década de 1970, a PIM Regional
produz indicadores de curto prazo, relativos ao comportamento do produto real
das indústrias extrativa e de transformação.“[A pesquisa] traz, mensalmente,
índices para 14 unidades da federação cuja participação é de, no mínimo, 1% no
total do valor da transformação industrial nacional e, também para o Nordeste
como um todo: Amazonas, Pará, Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito
Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul,
Mato Grosso, Goiás e Região Nordeste”, concluiu o instituto.
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