A suinocultura se tornou o grande destaque do agronegócio catarinense em 2020.
Desde o início do ano, Santa Catarina tem ampliado as vendas internacionais e faturado com os embarques do produto.
Em agosto, o setor manteve o crescimento e alcançou um faturamento de US$ 109,3 milhões – o segundo maior valor já registrado na série histórica, desde 1997 – e 56,8% a mais do que no ano anterior.
O governador Carlos Moisés reforça a importância do setor para a economia catarinense. “Os produtores e a agroindústria impulsionam o desenvolvimento do estado e são fundamentais neste momento de retomada. Esse desempenho nas exportações é mais uma prova que Santa Catarina, com seu povo trabalhador, é capaz de superar qualquer obstáculo”, ressalta.
No último mês o estado exportou 50,8 mil toneladas de carne suína, um aumento de 55% em relação a agosto de 2019.
O crescimento, mais uma vez, é puxado pela China, que importou 33 mil toneladas do produto no valor de US$ 73,9 milhões. Esses valores representam incrementos de 109,1% e 115,5% em relação a agosto de 2019, respectivamente.
Segundo o secretário da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Ricardo de Gouvêa, os números refletem a qualidade e a credibilidade do agronegócio catarinense.
“Santa Catarina tem uma setor produtivo muito qualificado, organizado e que trabalha em parceria com o Governo do Estado e Governo Federal para melhorar sempre. O grande foco é manter nosso status sanitário, o que garante alimentos de mais qualidade para a população, mais segurança no campo e um grande diferencial do nosso estado”, afirma.
Maior produtor nacional de carne suína, Santa Catarina tem um status sanitário diferenciado, que abre as portas para os mercados mais exigentes do mundo.
O estado é o único do país reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa sem vacinação, o que demonstra um cuidado extremo com a sanidade animal e é algo extremamente valorizado pelos importadores de carne.
Acumulado do ano
De janeiro a agosto deste ano, Santa Catarina já exportou 345,9 mil toneladas de carne suína, um crescimento de 27,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O faturamento já passa de US$ 758,6 milhões, superando em 40% o valor de 2019.
Além da China, que vem aumentando os embarques mês a mês, outros mercados importantes estão investindo na produção catarinense.
O Japão, por exemplo, se tornou o quarto maior comprador e ampliou em 166,2% o volume importado de Santa Catarina neste ano.
O analista do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa) Alexandre Giehl explica que os números indicam um novo recorde de exportações de carne suína em 2020, tanto em valor quanto em quantidade.
Além disso, as exportações contribuíram para minimizar os prejuízos dos suinocultores e garantir a continuidade da produção.
“Os excelentes resultados das exportações têm sido fundamentais para garantir que os preços pagos aos produtores tenham se recuperado da queda registrada no início da pandemia de Covid-19. Vale destacar que essa melhoria nos preços foi fundamental para evitar que os produtores tivessem prejuízos significativos e, eventualmente, muitos abandonassem a atividade, já que os custos de produção também estão em alta”.
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