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Santa Catarina retoma coordenação da Aliança Láctea Sul Brasileira

Última atualização 10 de novembro de 2021 - 17:02:22

Foto: Divulgação / SAR – Os três estados do Sul estão juntos para fortalecer a cadeia produtiva do leite

Os três estados do Sul estão juntos para fortalecer a cadeia
produtiva do leite.

Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul querem preparar o
setor para ganhar o mercado internacional, trazendo mais renda e reduzindo os
custos de produção.

Este é um dos objetivos da Aliança Láctea Sul Brasileira,
que, a partir de terça-feira (9), voltou a ser coordenada pelos catarinenses.

“A Secretaria da Agricultura dará todo o suporte para que a
Aliança Láctea continue sendo protagonista nas discussões para o fortalecimento
do setor leiteiro na região Sul. Temos certeza do potencial de crescimento do
setor produtivo e principalmente das oportunidades no mercado internacional.
Santa Catarina já trilhou esse caminho com a produção de suínos e aves, agora
chegou a hora de o leite se tornar mais uma estrela do nosso agronegócio”,
destacou o secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento
Rural, Altair Silva.

A Aliança Láctea, que estava sob coordenação do Paraná, será
agora liderada por Santa Catarina na figura do ex-secretário de Estado da
Agricultura e doutor em Economia dos Recursos Naturais pela University of
Queensland (na Austrália), Airton Spies.

Segundo ele, os produtores de leite têm grandes
oportunidades e desafios pela frente, principalmente para equilibrar oferta e
demanda.

“No Brasil, há uma sazonalidade da produção; no verão,
acontece um aumento gradativo da produção e há também uma queda no consumo.
Isso cria uma tendência de baixa nos preços pagos aos produtores e uma
dificuldade para a indústria vender seus produtos. É o que está acontecendo
agora, quando a cadeia produtiva vive um momento extremamente difícil, por
causa desse desequilíbrio entre excesso de oferta e a queda na demanda”,
explicou.

As exportações podem ser a saída perfeita para trazer mais competitividade
ao setor produtivo, equilibrar os preços e dar previsibilidade aos produtores.

De acordo com o novo coordenador da Aliança Láctea, a
conquista do mercado internacional diminuiria, inclusive, as importações de
leite e possibilitaria um aumento significativo da produção local.

“Para isso, precisamos melhorar a eficiência da cadeia
produtiva, precisamos produzir leite com alta qualidade a um custo competitivo
e com a organização logística mais eficiente. Estamos trabalhando para, um dia,
exportarmos manteiga, leite em pó e queijos para o mundo, como já fazemos com o
nosso frango e suínos. Com isso, criaremos mais renda e mais empregos na nossa
economia, principalmente para as famílias rurais, já que a produção de leite é
majoritariamente feita pela agricultura familiar.”

 

Aliança Láctea Sul
Brasileira

Formada pelo Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a
Aliança Láctea foi criada para discutir os desafios e oportunidades comuns
entre o setor produtivo do leite nos três estados.

O fórum atua em cinco eixos de trabalho: assistência técnica
e geração de tecnologia para aumentar a produção e a produtividade; sanidade
animal; qualidade do leite; organização do setor e redução de assimetrias
tributárias, para que não haja competição desleal no mercado.

 

Produção de Leite no
Sul

Segundo dados do IBGE, os três estados do Sul produziram
11,6 bilhões de litros de leite em 2019 – 33,4% do total produzido no país.

Em Santa Catarina, o leite é uma das atividades agropecuárias
com o maior crescimento.

Envolvendo 45 mil produtores em todo o estado, a produção
girou em torno de 3 bilhões de litros em 2019.

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