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Santa Catarina muda cálculo sobre imunidade coletiva contra Covid-19

Última atualização 21 de outubro de 2021 - 22:14:20

Santa Catarina trabalha com o número de 85% da população
totalmente imunizada – duas doses ou dose única – contra a Covid-19 para que o
Estado comece a atingir a chamada “imunidade coletiva”. Em junho, durante
entrevista ao ND+, o secretário André Motta Ribeiro apontava 70% das pessoas
vacinadas para que se pudesse voltar a ter uma vida “com menos restrições”.

Segundo a SES (Secretaria de Estado da Saúde), o número
(85%) é uma orientação do Ministério da Saúde e segue o Plano Nacional de
Operacionalização da Vacinação. A reportagem tentou contato com o chefe da
pasta para entender a mudança, mas não obteve retorno até o fechamento da
matéria.

Até o início da noite desta quinta-feira (21), Santa
Catarina tem 3.927.332 pessoas totalmente imunizadas. O número corresponde a
64,14% da população apta para receber o imunizante, e 54,15% da população
geral.

No entanto, não é possível precisar quando Santa Catarina
irá atingir essa marca, uma vez que o tempo pode variar de acordo com a
disponibilidade de novas doses da vacina encaminhadas pelo Ministério da Saúde.

Falta de doses

Vale lembra que, por falta de doses, a imunização com a
vacina da Pfizer chegou a ser suspensa em Florianópolis no último fim de
semana.

O imunizante, além de ser utilizado na segunda dose, também
é aplicado como dose de reforço e exclusivamente para a vacinação de
adolescentes. A situação foi normalizada após a chegada de novas doses.

Faltantes da segunda dose

No entanto, para atingir esses 85% é necessário mudar uma
alta taxa negativa no Estado. Santa Catarina tem 423.965 pessoas que não
retornaram para tomar a segunda dose da vacina contra a Covid-19.

Os números foram divulgados em levantamento feito pela
Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina) na última
terça-feira (19).

A situação preocupa, uma vez que é necessário completar o
ciclo vacinal para estar protegido de maneira adequada contra o vírus.

O problema ocorre com imunizantes da AstraZeneca, CoronaVac
e Pfizer (dados abaixo):

AstraZeneca: 171.098 pessoas

Coronavac: 137.263 pessoas

Pfizer: 115.604 pessoas

“Com o esquema completo é possível estimular o sistema
imunológico a produzir um número maior de anticorpos. As pessoas que atrasam a
segunda dose correm o risco de, uma vez infectadas, apresentar um quadro grave
de coronavírus”, explica o superintendente de Vigilância em Saúde, Eduardo
Macário.

“Elas [pessoas] também contribuem para a disseminação de
variantes de preocupação, além de prejudicar a imunidade coletiva provocada
pela vacinação, protegendo aqueles que ainda não puderam se vacinar, como as
crianças”, finaliza.

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