O presidente da Federação das Indústrias do Estado de SC (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar, disse nesta terça-feira (17) que não basta que Santa Catarina saia sozinha da crise econômica, é preciso que os outros estados também tenham resultados positivos para que a recuperação seja completa.
Segundo dados do Banco Central, a atividade econômica de SC em outubro teve 2,1% de aumento em relação ao mesmo período de 2014, período considerado pré-crise. “A economia de Santa Catarina, como vem crescendo acima da média nacional, vai se distanciando da linha média do desenvolvimento do país”, disse. “Isso é motivo de satisfação para nós, mas também um motivo de preocupação, porque somos um estado exportador, que produz muito mais do que consome”, afirmou.
Além de Santa Catarina, outros quatro estados também ultrapassaram a atividade econômica de 2014. O Pará lidera com alta de 2,4%. Em seguida, atrás dos catarinenses, estão Goiás (2,1%), Paraná (0,4%) e Ceará (0,1%). Todas as outras unidades da Federação têm índices de movimentação econômica menores do que os registrados há cinco anos.
“Num primeiro momento pode parecer que é uma coisa para se festejar, mas também é um motivo de preocupação. Até porque provavelmente em função da demanda externa estar um pouquinho complicada com a guerra entre Estados Unidos e China, que compromete o comércio internacional, a nossa produção catarinense dependerá muito da capacidade do mercado nacional de adquirir nossos produtos”, afirmou.
Segundo ele, a recuperação está mais consolidada, mesmo com as dificuldades de 2019. “No início do ano havia uma perspectiva de que a economia pudesse realmente retomar o crescimento e, no primeiro momento, essa expectativa foi um pouco frustrada porque as reformas e as modificações que o setor produtivo desejava não foram implementadas de uma maneira tão rápida”, disse.
Apesar do atraso, Aguiar elenca números positivos para sustentar a expectativa. Segundo dados compilados pelo Observatório da Indústria, a intenção de investir e a confiança do industrial estão mais altas do que a média nacional. Além disso, Santa Catarina está com a menor desocupação do Brasil – 5,8% – e registra aumento de 2,6% na produção industrial em 2019.
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