Santa Catarina é o Estado do Brasil com maior percentual de veículos por domicílios no País (73,4%). A cada quatro domicílios catarinenses, praticamente três têm um veículo particular, segundo estudo do Instituto de Pesquisa EconÔmica Aplicada (Ipea), ligado ao Governo Federal, divulgado na manhã desta quinta-feira.
Os carros é que puxam o Estado para o topo da lista. Santa Catarina é onde mais há mais carros particulares por domicílios no País (68,7%). Distrito Federal (61,7%), Paraná (61,5) e São Paulo (59,2%) vêm na sequência.
Em relação às motos, o Estado é o 15º no País na proporção por domicílio (21,6%). A moto prevalece mais em Estados do Norte e Nordeste, como em RondÔnia, em primeiro, onde 48,5% dos domicílios têm motos, ou no Piauí, onde o percentual é de 47,8%.
Uma das conclusões do estudo é que a taxa de motorização dos brasileiros seguirá crescendo e impactando cada vez mais nas condições de mobilidade e nos tempos de deslocamento, o que vai exigir investimentos pesados em infraestrutura e mobilidade urbana dos governos.
No País
O estudo, feito com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2012, mostra também que mais da metade dos domicílios brasileiros já contam com automóveis (54%). O aumento foi rápido e elevado, de nove pontos percentuais em relação à última PNAD, de 2008, quando o percentual de domicílios com veículos era de 45%.
Por renda
Na análise por renda, o estudo mostra que praticamente 20% dos domicílios com renda de ¼ do salário mínimo já têm moto no País. A partir da faixa de um a dois salários mínimos, o percentual dos domicílios que tem carro já é maior do que os que não tem nenhum tipo de veículo. Quanto mais pobre a população, porém, menor os deslocamentos.
Tempo
Entre os brasileiros que afirmam se deslocar para ir ao trabalho, a maioria (65,9%) leva 30 minutos. Os que gastam mais de uma hora são cerca de 10%.
Nas regiões metropolitanas, o percentual de quem gasta mais de uma hora aumenta para 20%. O deslocamento nestas regiões piorou até três vezes mais em 20 anos do que em municípios fora das metrópoles.
A região metropolitana de Porto Alegre, no Sul, é onde o deslocamento é mais rápido. Apenas 7,8% levam mais de 30 minutos.
Transporte público
O estudo mostra ainda que entre quem não tem veículo próprio e, portando, tem de acabar recorrendo ao Ônibus, o tempo de deslocamento é maior em relação a quem tem moto ou carro.
Auxílio transporte
O auxílio transporte atende cerca de 40% de quem se desloca no País. O maior percentual de quem usa (46,2%) está na faixa de renda de dois a três salários mínimos.
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