A Central de Regulação de Emergência (CRU) do Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) recebeu 7.341 ligações classificadas como
falsas emergências, no segundo semestre de 2023. Se comparado ao primeiro semestre do mesmo ano, quando foram
registrados 13.800 ligações, houve uma redução de 47%.
As cidades que tem menos registros de trotes são Joaçaba,
Lages e Chapecó. Os números confirmam que os trotes diminuíram devido as
intensificações das ações e propagandas educativas divulgadas pelo governo do
Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde. O programa ‘EducaSAMU’, por exemplo, já contemplou mais de
42 mil alunos, do Ensino Fundamental I e II e Ensino Médios, de 343
instituições, em 2023.
O programa possui pedagogas nas oito macrorregiões de saúde,
as quais realizam visitas nas escolas palestrando sobre os riscos do trote,
acionamento correto do SAMU ao ligar o número 192, e sinais iniciais de
Acidente Vascular Cerebral (AVC) e Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). Apesar da diminuição dos trotes, o SAMU catarinense segue
alertando a população, que este tipo de brincadeira pode custar a vida de uma
pessoa, além de prejudicar o trabalho dos profissionais envolvidos.
“Congestionar a linha telefônica ou encaminhar uma
ambulância para uma falsa solicitação de emergência, diminui o recurso
disponível e atrasa o socorro a quem de fato precisa”, ressalta Marcos Antônio
Fonseca, Superintendente de Urgência e Emergência.
Passar trotes aos serviços de emergência é um crime previsto
pelo artigo 266, do Código Penal Brasileiro, e o infrator pode pegar de um a
seis meses de detenção. Além disso, crianças e adolescentes também podem ser
punidos. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), esse
tipo de ligação é um ato infracional gravíssimo e quem o comete deve ser
encaminhado para a Vara da Infância e da Juventude para que sejam aplicadas as
medidas socioeducativas.
“Os trotes consomem recursos valiosos, como tempo, dinheiro
e equipamentos médicos, que poderiam ser direcionados para situações reais de
emergência”, explica Dionísio Medeiros, diretor do Atendimento Pré-Hospitalar
Móvel.
alguém com uma emergência médica real pode não receber a assistência necessária
a tempo, aumentando o risco de complicações graves ou até mesmo de morte.
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