Consumidores de aproximadamente cemmunicípios do Oeste de Santa Catarina ficaram sem energia elétricapor mais de uma hora e meia na noite desta quarta-feira depois de uma falha no sistema de abastecimento da Celesc na região por volta das 18h.
O transtorno ocorreu após um cabo de energia elétrica romper e cair em um barramento, como é chamado o caminho por onde a eletricidade passa para abastecer aos município. Conforme o chefe regional da agência da Celesc em Chapecó, Aderbal AntÔnio Pedroso da Silva, o rompimento desligou a subestação da companhia em Xanxerê, responsável por gerar eletricidade para todo o Oeste do Estado.
Mais de 300 mil famílias que moram entre os municípios de Concórdia e São Miguel do Oeste sofreram com o apagão. Durante o período, os telefones ficaram fora de serviço e as sinaleiras deixaram de funcionar.
Para que a energia fosse retomada de forma mais rápida, cerca de 30 funcionários da Celesc trabalharam no local para refazer, provisoriamente, a ligação do cabo rompido.
Assim que a eletricidade voltou aos municípios — o último a recebê-la foi Quilombo, às 20h30 —, os funcionários retomaram o trabalho, desta vez para fazer uma ligação definitiva dos fios de energia elétrica.
O horário em que ocorreu o apagão favoreceu para que as indústrias da região não tivessem maiores danos, porque o expediente havia encerrado e as empresas avicultoras que ainda estavam produzindo foram beneficiadas pela baixa temperatura da região, uma vez que a etapa de produção requer refrigeração do ambiente. Entretanto, o presidente da Organização das Cooperativas do Estado de SC (Ocesc), Marcos AntÔnio Zordan, ressalta que as quedas de energia na região são frequentes e que os empresários têm pedido à Celesc mais investimentos no interior do Estado, em que há muitas empresas automatizadas e, quando falta eletricidade, estas companhias deixam de operar.
— As indústrias de leite e de aves são automatizadas e informatizadas. Sempre que falta energia elétrica e não há gerador nas empresas, acabam morrendo muitos animais ou se perdendo os produtos. No ano passado, 14 mil frangos de um aviário morreram por conta disso — conta Zordan
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