Reprodução/Twitter/Tokyo 2020
A chama olímpica foi acesa na quinta-feira, dia 25 de março em Fukushima (nordeste do Japão) sem a presença do público, o que marcou o início do revezamento da tocha dos Jogos de Tóquio-2020, que foram adiados em um ano devido à pandemia de Covid-19.
A tocha metálica de ouro rosa, que tem o formato de uma flor de cerejeira no topo, foi acesa no simbólico complexo esportivo J-Village, que serviu de base para as operações de socorro na tragédia após o desastre nuclear de 2011 que se seguiu ao terremoto e tsunami.
Ao discursar na cerimônia, a presidente do Comitê de Tóquio-2020, Seiko Hashimoto, disse que esperava que a chama olímpica servisse como “um raio de luz no fim da escuridão”. “Esta pequena chama nunca perdeu a esperança e esperou por este dia como um botão de flor de cerejeira prestes a desabrochar”, acrescentou.
O revezamento no território japonês, assim como os Jogos Olímpicos, será muito diferente das edições anteriores, com os espectadores proibidos de torcer e afastados da cerimônia de abertura e do primeiro trecho devido às preocupações com o coronavírus.
Mas o público poderá acompanhar ao longo das pistas e aplaudir enquanto a chama atravessa o país, carregada por 10.000 corredores e passando por todos os 47 municípios antes de chegar ao Estádio Nacional de Tóquio para a cerimônia de abertura no dia 23 de julho.
Com as regras de saúde, “falta um pouco de fervor”, lamentou Tetsuya Ozawa.
“Sem a pandemia, teríamos pessoas e excitação”, completou à AFP, antes de celebrar uma “passagem pela reconstrução” de Fukushima. O ambiente era um pouco mais festivo em Iwaki, a maior cidade a receber o revezamento nesta quinta-feira. “É como se os Jogos tivessem começado”, afirmou Fumie Hasekura, que se aproximou do revezamento para observar uma amiga correndo com a tocha. “Minha amiga parecia tão feliz, fiquei emocionada”, disse.
Algumas partes do revezamento ainda podem ser suspensas se muitos espectadores se reunirem em um só lugar, e as máscaras são obrigatórias para os espectadores.
Os organizadores fizeram os preparativos finais para o revezamento no ano passado, quando o coronavírus levou à decisão histórica de adiamento dos Jogos, quando o esporte em todo o mundo foi interrompido.
Um ano depois, a pandemia ainda assusta, apesar das campanhas de vacinação em andamento, e os organizadores lutam contra o ceticismo público no Japão sobre a realização das Olimpíadas.
Com os espectadores que vivem em países estrangeiros impedidos de participar dos Jogos e as prováveis limitações que deverão ser impostas aos torcedores domésticos, o revezamento é visto como uma oportunidade vital para gerar entusiasmo.
“O revezamento da tocha tem o objetivo de comunicar que os Jogos Olímpicos acontecerão”, disse o CEO da Tokyo 2020, Toshiro Muto, a repórteres esta semana. “Isso faz as pessoas sentirem que os Jogos estão prestes a começar – essa é a natureza do revezamento da tocha.”
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