Apresentados nesta quinta-feira pelos secretários do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, os pedidos de mudanças na vacinação contra gripe A foram recebidos com simpatia pelo Ministério da Saúde (MS). As sugestões, entre elas a antecipação do começo da imunização, serão discutidas na próxima terça-feira, quando representantes das secretarias estaduais de todo o país vão se reunir em Brasília para tratar das ações visando à campanha do próximo ano.
Secretário de Vigilãncia em Saúde do ministério, Jarbas Barbosa recebeu os pleitos dos Estados do Sul, região que mais sofre com o vírus H1N1. A partir do diagnóstico feito por técnicos das três secretarias, desde o término da vacinação deste ano, foi criada uma lista com quatro pedidos.
Gaúchos, catarinenses e paranaenses querem que a campanha comece mais cedo, no início de abril e não em maio, como aconteceu em 2012. Também se constatou que é necessário ampliar o número de vacinas disponibilizadas. Ainda foram solicitadas mudanças nos grupos de risco, além do aumento das atividades de conscientização sobre a importãncia da vacinação e do tratamento correto.
Secretário defende que número de doses tenha como base a vacinação de 2012
Secretário de Saúde gaúcho, Ciro Simoni defende que o número de doses disponibilizado no próximo ano tenha como base as vacinas realizadas em 2012. Segundo ele, inicialmente o Estado teria disponibilizadas 1,9 milhão de doses, porém a soma chegou a 3 milhões ao final da mobilização. Paraná e Santa Catarina registraram o mesmo fenÔmeno.
— Queremos que a base de partida no ano que vem seja a realizada neste ano, para que possamos vacinar o maior número possível de doentes crÔnicos. Queremos vacinar também crianças de seis meses a cinco anos, e não mais de seis meses a dois anos, como aconteceu na última campanha — explicou Simoni.
O secretário também enfatizou a necessidade de aumentar a conscientização sobre a importãncia da vacinação e do início do tratamento o mais rápido possível, o que ajudaria a evitar muitas das mortes registradas no Estado.
— Mais da metade dos pacientes que tiveram algum problema sério não utilizou a medicação no momento correto, nas primeiras 48 horas após o aparecimento dos sintomas. Então, por isso, precisamos de uma grande campanha de informação para a população.
Para o secretário de Vigilãncia em Saúde do MS, Jarbas Barbosa, as demandas da Região Sul estão em consonãncia com alterações já previstas pelo próprio ministério.
— É muito boa a mobilização dos secretários. As propostas de mudanças estão de acordo com o que nós estamos estudando — afirmou.
De acordo com a Diretoria da Vigilãncia Epidemiológica de Santa Catarina, este ano, até setembro, foram registrados 757 casos de contaminação por H1N1. Foram 76 óbitos causados por Gripe A no Estado. O maior número de doentes foi em Blumenau (57), onde também ocorreu o maior número de mortes (11). O segundo município com maior incidência foi Videira (53) que registrou também o segundo número de óbitos (5).
Os pedidos da Região Sul:
—Que a campanha comece mais cedo, no início de abril e não em maio, como aconteceu em 2012.
—Que se amplie o número de vacinas disponibilizadas.
—Mudanças nos grupos de risco.
—Aumento das atividades de conscientização sobre a importãncia da vacinação e do tratamento correto.
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