Regularização de dívidas em atraso cai 5,74% em setembro, mostra indicador do SPC Brasil
Última atualização 20 de outubro de 2015 - 10:09:03
O volume de dívidas regularizadas, calculado a partir das exclusões dos registros de inadimplência do banco de dados do Serviço de ProteçÃo ao Crédito (SPC Brasil) e da ConfederaçÃo Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), recuou 5,74% em setembro de 2015, frente ao mesmo mês do ano passado. Em relaçÃo a agosto deste ano, sem ajuste sazonal, o volume de quitações de dívidas teve um resultado melhor e subiu 2,19%, recuperando-se em parte da queda de 2,41% observada na comparaçÃo entre julho e agosto de 2015. O dado é do Indicador Mensal de RecuperaçÃo de Crédito do Serviço de ProteçÃo ao Crédito (SPC Brasil) e da ConfederaçÃo Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
A queda na base anual, embora menor do que a contraçÃo observada em agosto deste ano (-7,86%) dá continuidade à tendência de piora do indicador verificada ao longo de 2015. De acordo com o SPC Brasil, é o oitavo mês consecutivo de recuo do número de pessoas que limparam seus nomes. A comparaçÃo do dado acumulado nos nove primeiros meses de 2015 com o mesmo período do ano passado revela queda de 5,71%.
Na avaliaçÃo da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, apesar dos números mais positivos em setembro quando comparados aos do último mês de agosto, ainda nÃo é possível afirmar que os dados sinalizam uma reversÃo da tendência de melhora no indicador de recuperaçÃo de crédito. “O aumento observado na comparaçÃo mensal é reflexo, em parte, do pagamento do 13º salário para aposentados e também dos dissídios para algumas categorias. Tradicionalmente, os últimos meses do ano sÃo um período em que o consumidor busca regularizar suas pendências financeiras para voltar a consumir a prazo no período do Natal, ainda que neste ano o movimento esteja aquém de períodos anteriores”, afirma a economista.
Para o presidente da CNDL, “os indicadores negativos na comparaçÃo com o ano passado refletem as condições menos favoráveis da atividade econômica tanto para o consumo quanto para o pagamento de dívidas. O rendimento dos trabalhadores está crescendo menos, o desemprego segue em trajetória crescente e a inflaçÃo e os juros se encontram em patamares elevados. Desse modo, o consumidor vê a sua capacidade de pagamento se deteriorar, o que torna ainda mais difícil quitar ou renegociar as dívidas em atraso”.
deixe seu comentário