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Um meteoro 'esporádico' cruzou o céu de Santa Catarina na quinta-feira (30) a 72 mil hm/h. A queda durou aproximadamente 0,8 segundos e foi registrada por uma câmera de uma estação de monitoramento em Monte Castelo, no Norte do estado, do astrônomo amador Jocimar Justino, que é membro da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon). O observatório Heller & Jung em Taquaras, no Rio Grande do Sul, também registrou o fenômeno.
“Devido ao registro simultâneo do meteoro, foi possível fazer a triangulação do mesmo e calcular a órbita que o objeto tinha antes de entrar na atmosfera terrestre. Foi constatado que trata-se de um meteoro esporádico, ou seja, que não pertence a uma chuva de meteoros conhecida”, afirma Jocimar.
Foram pelo menos dois registros de queda de meteoro neste mês flagrado por câmeras da estação no Norte do estado.
O astrônomo amador explica que meteoros esporádicos são os mais comuns, contudo o seu radiante, ou seja, o ponto no céu de onde eles originam, ainda não foi amplamente estudado.
Segundo Jocimar, membros da Bramon prentendem trocar informações e analisar, a partir deste registro, se trata-se de uma nova chuva de meteoros, ou seja, se vários meteoros vêm daquele ponto no céu na mesma época do ano.
“Por exemplo, os meteoros que surgem na constelação de Lira, são denominados Líridas. Podemos estar diante da descoberta de uma nova chuva de meteoros”, comemora.
Jocimar afirma que para constatar que existe uma chuva de meteoros vindo do mesmo ponto, leva-se pelo menos cinco anos. Neste caso, segundo ele, existem registros desde 2017 com meteoros que se encaixam no mesmo padrão. “Quanto mais anos de observação, melhor, os dados vão sendo refinados. Tem que esperar passar um ano e verificar se surgem meteoros da mesma região do céu”, disse.
“Tem que ter dados de vários anos para chegar a essa conclusão. Caso se constate que trata-se de uma chuva, os meteoros vindos desta direção, deixarão de ter a denominação “esporádico” e receberão um nome especifico de acordo com o nome da constelação de onde eles surgem no céu”, concluem.
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