A boa notícia é que todos os perfis têm, sim, futuro, garante a psicóloga e sexóloga Maria Helena Mataraz-zo, autora de Amar É Preciso (Record). “Desde que haja disposição para dialogar e aparar as arestas, claro”, alerta. Descubra agora em qualgrupovocê e ele se enquadram, os pontospositivosenegativosde cada um e, o mais importante, os desafiosque devem superar para permanecer em perfeita harmonia.
NAMORO ESPELHO
Nesse modelo de relação, os dois amantes têm personalidade, desejos e necessidades tão parecidos que lembram gêmeos idênticos. Na certa, se conheceram no show de uma banda de rock que ambos consideram a melhor de todos os tempos e adoram o mesmo tipo de restaurante. Segundo a psicóloga Suzy Camacho, esse tipo de par costuma partilhar tudo de maneira intensa. “É como se fosse uma única personalidade.”
OS PRÓS
Por serem muito parecidos, casais desse grupo raramente brigam na hora de resolver o que fazer, como fazer, quando fazer. Com isso, poupam a relação de desgastes desnecessários – ao contrário, solidificam a união e constroem um relacionamento melhor a cada dia. Além disso, como um valida o outro, a autoestima do casal é alta. Segundo a psicóloga Luisa Mascarenhas, ao mesmo tempo que um aprende sobre o outro, também se conhece melhor.
OS CONTRAS
O ponto fraco que você nem gosta de lembrar que tem estará estampado no relacionamento – e o risco é transferir para o namorado o incÔmodo que na verdade diz respeito a você. Pode acontecer, ainda, de ambos terem os mesmos defeitos e brigarem sem que consigam enxergar a situação por outro ãngulo para encontrar uma saída. Qualidades em comum também podem gerar conflito. Por exemplo, se é extrovertida e sempre quer ser a dona da cena, pode se irritar caso ele queira disputar os holofotes. “Isso tende a virar uma competição”, avisa Luisa.
PARA DAR CERTO
A chave para não projetar os próprios problemas de personalidade no outro é se conhecer cada vez melhor. Faça um exame de consciência e assuma que você é humana portanto, tem defeitos. Já se não conseguem chegar a um acordo com relação a uma questão específica do namoro, peça ajuda a quem está de fora: a família, os amigos. Mas atenção! A decisão é responsabilidade sua. Por fim, para não deixar que a competição seja a tÔnica do seu relacionamento, retome valores básicos da convivência a dois. Manter o respeito e a consideração é mais importante do que satisfazer o capricho de provar que é melhor que ele.
PAIXÃO INVERTIDA
Seu amor adora acordar cedo no fim de semana, mas não consegue tirá-la da cama antes do meio-dia. O bonitão só toma banho frio, você insiste em deixar a água quentinha. De acordo com a psicóloga Luisa, as características opostas é justamente o que os une. “Nessas relações, nos sentimos atraídas pelos predicados que não temos”, ensina.
OS PRÓS
A convivência com alguém de opiniões e gostos diferentes vira um eterno aprendizado. Além disso, há sempre a sensação de novidade, já que o mundo dele é completamente diferente do seu.
OS CONTRAS
Há obstáculos a ser superados, como as possíveis brigas na hora de tomar decisões. “Sem falar no risco de querer moldar o namorado do seu jeito”, alerta Suzy Camacho. Importante: na maioria dos casos, essa é uma luta inglória. “Ninguém muda na essência. O que pode ocorrer é ambos aprenderem a ficar em sintonia apesar das diferenças”, continua Suzy.
PARA DAR CERTO
Vocês precisam se esforçar para chegar a um consenso sem que ninguém perca a personalidade no meio do caminho. “Para isso, é preciso tolerãncia. O que, em outras palavras, significa aceitar, sem esquecer as próprias vontades”, ensina Mariana Maldonado, co-autora de Palavra de Mulher – Histórias de Amor e de Sexo (Integrare). Tente satisfazer um desejo dele mesmo que a proposta não agrade de cara. “Quando fizer um programa de que só ele gosta, procure se concentrar no que a diverte em vez de focar no que a incomoda”, sugere Suzy.
ROMANCE QUEBRA-CABEÇA
Você e o gato se comportam como peças complementares. Você é boa de garfo, ele adora se aventurar na cozinha. Você é carente, ele é cheio de amor para dar. Em última análise, sozinhos parecem quase uma peça solta. “Esse relacionamento tende a ser harmÔnico, pois um preenche as faltas do outro”, afirma Luisa. Diferentemente do casal paixão invertida, que costuma brigar por desigualdades, aqui são justamente elas que os fazem conviver bem. “Quando um é tranquilo e o outro mais inflamável, estar junto faz com que ambos aprendam a encontrar um meio-termo”, explica Suzy.
OS PRÓS
Como acontece em uma equipe esportiva, cada um trabalha numa posição e juntos se tornam mais fortes. “O resultado é gratidão, cumplicidade e admiração”, diz Luisa.
OS CONTRAS
Uma das consequências da má administração dessa relação tampa e panela é a dependência. Luisa diz que estabelecer papéis fixos para cada um impede que cresçam.
PARA DAR CERTO
O desafio é não deixar que essa completude vire obrigação de suprir as falhas de seu amor. Que tal tentar desenvolver as qualidades que admira nele, e vice-versa? Olhá-lo como modelo fará você sair do papel de bengala. Já a saída contra a dependência é ter em mente que existe a sua vida, a dele e a dos dois. “Preservando os espaços individuais, não há como um sufocar o outro”, conclui Mariana.
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