Home Quatro são presos e dois estão foragidos por compra de voto

Quatro são presos e dois estão foragidos por compra de voto

Última atualização 17 de setembro de 2012 - 16:40:34

A Polícia Civil cumpriu nesta segunda-feira (17) quatro mandados de prisão preventiva contra cabos eleitorais suspeitos de captação ilegal de votos no município deSombrio, Sul de Santa Catarina. O atual vereador e candidato a reeleição Elisandro Guimarães de Oliveira (PSD), conhecido como Grosso, e outro cabo eleitoral estão foragidos. Os seis pedidos de prisão preventiva foram expedidos pela 54ª Zona da Justiça Eleitoral de Santa Catarina.

Segundo a Polícia, os suspeitos trocavam votos por carteiras de motorista, cimento, telhas, gasolina, exames de saúde, entre outros objetos e favores. Na manhã desta segunda-feira, quatro cabos eleitorais do vereador foram encontrados em estabelecimentos comerciais. De acordo com a Polícia, um deles é pedreiro e os outros são empresários. Até as 15h, eles estavam na Delegacia da cidade e, no final da tarde, seriam encaminhados ao Presídio Regional de Araranguá, onde aguardarão julgamento.

As investigações de crime eleitoral iniciaram há cerca de dois meses. A Polícia Civil trabalhava em casos de roubo de gado em Sombrio, quando verificou que um dos suspeitos era cabo eleitoral do candidato Elisandro Guimarães Oliveira. O Ministério Público foi acionado e órgão exigiu abertura de inquérito policial. Nas investigações, foram ouvidas cerca de 30 pessoas envolvidas no caso e foram feitas interceptação telefÔnica e gravação de imagens.

A partir da ação, o juiz eleitoral da cidade Yannick Caubet decretou a prisão preventiva dos seis suspeitos. De acordo com ele, em apenas duas semanas foram interceptados pelo menos 98 pedidos de compra de votos pelo vereador Elisandro Guimarães de Oliveira, que já foi presidente da Cãmara Municipal de Sombrio nos anos de 2010 e 2011. O político e um de seus cabos eleitorais estão foragidos. Ainda segundo Caubet, após 7 de outubro, quando serão realizadas as eleições, os pedidos de detenção devem ser revistos. “Passado pleito, eles não terão por que tentar comprar votos e, por isso, a prisão preventiva não se justifica mais”, explica.

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