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Primeiro remédio para tratar Covid-19 em casa será vendido nas farmácias brasileiras

Última atualização 23 de novembro de 2022 - 16:58:05

Foto: Chris Sweda/Chicago Tribune/Tribune News Service via Getty Images – Remédio Paxlovid

Em meio ao aumento de casos de Covid-19, a Anvisa (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta segunda-feira (21) a venda em
farmácias do antiviral Paxlovid (nirmatrelvir + ritonavir), primeiro
medicamento aprovado no país para o tratamento da doença em ambiente doméstico.

O Paxlovid, desenvolvido pela Pfizer, já tem uso emergencial
aprovado no Brasil desde março deste ano. Ele é indicado para pacientes com
risco de evoluir para casos graves e que não precisem de oxigênio suplementar.

Segundo estudos, a droga reduziu em até 89% o risco de
internação por Covid-19. A venda em farmácias estará sujeita à prescrição
médica e o tratamento envolve o uso de dois comprimidos simultaneamente, duas
vezes ao dia, durante cinco dias. O uso deve começar imediatamente após o
resultado de exame positivo para Covid-19 e em até cinco dias após o início dos
sintomas.

A diretora da Anvisa e relatora do processo Meiruze Freitas,
destacou a importância de oferecer o medicamento na rede privada, devido à não
incorporação integral dele no SUS. A rede pública disponibilizará o Paxlovid
somente a pacientes imunocomprometidos acima de 18 anos ou em pacientes com 65
anos ou mais, segundo um parecer de maio deste ano da Conitec (Comissão
Nacional para Incorporação de Tecnologias no SUS). A relatora também apontou
“o cenário epidemiológico com a circulação de novas subvariantes da
Ômicron, principalmente BA.5.3.1, BQ.1 e BE.9, em que, entre os dias 6 e 11 de
novembro de 2022, foram notificados no Brasil 57.825 casos e 314 óbitos por
covid-19 pelas Secretarias Estaduais de Saúde ao Ministério da Saúde,
representando um aumento de 120% em relação à média móvel da semana
anterior”.

O preço de venda nas farmácias ainda não foi divulgado e
cabe à CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos). Meiruze salientou
que a disponibilidade de um medicamento não substitui a importância do esquema
vacinal completo como melhor forma de evitar o agravamento de quadros de
Covid-19. 

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