Presidente da Fiesc apresenta balanço do ano para o setor industrial
Última atualização 14 de dezembro de 2018 - 10:34:55
Presidente da FederaçÃo das Indústrias de Santa Catarina Mario Cezar de Aguiar (Foto: DivulgaçÃo)
O presidente da FederaçÃo das Indústrias de Santa Catarina, Mario Cezar de Aguiar, recebeu a imprensa na tarde da terça-feira, dia 11, para apresentar um balanço dos resultados do setor em 2018. Conforme os números apresentados, o desempenho da economia catarinense praticamente retornou ao patamar registrado em 2014, período considerado pré-crise.
Dados do Banco Central apontam que, no acumulado do ano, o Produto Interno Bruto do Estado (PIB) cresceu 2,7%. O resultado está acima da média nacional, que foi de 1,2% durante o mesmo período.
De janeiro a outubro de 2018 também foram registrados aumento na produçÃo industrial (4,4%), nas vendas do setor (13,3%), na exportaçÃo (4,8%), na importaçÃo (24,1%) e no saldo de empregos da indústria de transformaçÃo (22,5 mil vagas). O presidente da FederaçÃo lembrou que apesar da paralisaçÃo dos caminhoneiros e das eleições, a indústria catarinense iniciou um consistente processo de recuperaçÃo.
Na avaliaçÃo de Aguiar, a expectativa para 2019 é de resultados ainda melhores, com a economia brasileira crescendo 2,5%. Em Santa Catarina, porém, há indicativos de que esse desempenho deve ser ainda mais positivo. O motivo, explica, está no aumento do índice de confiança do industrial, que é o maior já registrado desde o início da série histórica (66 pontos em novembro). Por consequência, isso também estaria elevando a intençÃo de investir.
EMPREGOS
Aguiar ressalta que outro ponto positivo está na capacidade de geraçÃo de empregos da economia catarinense. Para suprir as perdas dos anos de 2015 e 2016, é necessária a criaçÃo de 62 mil novas vagas. Até o momento, o saldo de empregos alcança o número de 54 mil novos postos de trabalho no Estado, considerando um período desde o ano de 2014. A indústria de transformaçÃo catarinense é a segunda que mais gera empregos do Brasil, mesmo em termos absolutos, ficando atrás apenas de SÃo Paulo.
O presidente da Fiesc explica que, diferentemente do ano anterior, em que o crescimento esteve concentrado nas atividades alimentícias e têxteis, o volume de empregos de 2018 está espalhado em praticamente todos os segmentos e regiões do estado. Isso, diz ele, mostra que o desenvolvimento está mais sólido e sustentável, uma vez que também envolve atividades como máquinas, autopeças e construçÃo, que sofreram mais com a recessÃo.
INCENTIVOS FISCAIS
Na opiniÃo do presidente da FederaçÃo das Indústrias, é importante que o estado mantenha a política de incentivos fiscais para que a produçÃo no território catarinense tenha condições de competitividade com outros estados e países. “Nesse sentido, a manutençÃo dos incentivos fiscais é estratégica para o fortalecimento da indústria e de Santa Catarina”, diz Aguiar.
Durante a apresentaçÃo dos resultados, o dirigente destacou que, apesar do otimismo, as expectativas só irÃo se confirmar se houver muito trabalho e determinaçÃo. “Aqui na Fiesc temos o entendimento de que Santa Catarina será mais forte quando estimular a internacionalizaçÃo, a inovaçÃo e a infraestrutura, que dependem fortemente de uma política industrial eficiente”.
Aguiar revelou que a FederaçÃo está estruturando um projeto robusto de internacionalizaçÃo de empresas catarinenses de modo a diversificar e ampliar o mercado consumidor. Conforme o presidente, é possível verificar uma evoluçÃo considerável nos últimos anos, principalmente das importações, que cresceram 24% no ano de 2018, puxadas pela compra de veículos, com alta de mais de 300% no ano. Já nas exportações destacam-se a evoluçÃo do mercado chinês, que se tornou o principal destino dos produtos catarinenses em 2018, com crescimento até novembro de 46%.
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