A desproporção entre o
que Santa Catarina já perdeu com a estiagem e o que foi investido no seu
enfrentamento recebeu destaque no plenário da Assembleia Legislativa nesta
terça (23/02). Os valores foram apresentados pela deputada estadual de Chapecó,
Luciane Carminatti.
“As perdas foram de R$
3,7 bilhões e os investimentos não chegam a 10% disso”, disse, ao destacar
também o investimento zero do governo federal.
Os dados divulgados
pela Epagri/Cepa foram projetados nos telões do plenário, expondo o quanto os
recursos destinados pelo estado não bastam e que o governo federal ainda não ajudou
os catarinenses afetados.
As perdas econômicas
provocadas pela estiagem em 2021 e 2022 já atingem R$ 3,7 bilhões, com
prejuízos de 34% na safra do milho, 21% na de soja e 22% na de feijão. Em
contrapartida, o governo estadual aportou apenas R$ 100 milhões em 2021,
anunciou até R$ 150 milhões para este ano e outros R$ 100 milhões em 2023.
“Somando tudo, ficamos
sem entender como o governo prefere não investir valor razoável e necessário, e
acumular dez vezes mais prejuízo para a economia do estado depois”, cobrou a
deputada.
Carminatti enfatizou o
pedido de uma audiência com o governador Carlos Moisés, realizado na última
semana, pela Bancada do Oeste e a manifestação oficial que a Assembleia
Legislativa deve dirigir ao Governo Federal nos próximos dias. “Nossos
agricultores foram às ruas protestar contra uma coisa realmente inadmissível,
que é o governo federal dar as costas para a agricultura catarinense neste momento”,
finalizou.
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