Prefeitos contabilizam danos causados pelas chuvas
Última atualização 31 de julho de 2015 - 10:40:50
REGIÃO – Os prefeitos dos municípios da regiÃo estiveram nos últimos dias visitando vários pontos atingidos pelas chuvas. As propriedades rurais, foram as mais prejudicadas, com perdas nos cultivos agrícolas, danos nas estradas e a destruiçÃo de pontes. Para amenizar a situaçÃo, as equipes das Secretarias de Obras já estÃo trabalhando em uma soluçÃo alternativa, fazendo reparos nas estradas e pontes. Alguns municípios decretaram SituaçÃo de Emergência, após reuniÃo com a Defesa Civil do município e contabilizaram os prejuízos. A reportagem do Jornal Expresso d’ Oeste entrou em contato com as lideranças para realizar um levantamento da atual situaçÃo. Confira a seguir:
PALMITOS
Em Palmitos as enxurradas e o transbordamento dos rios causaram prejuízos ao município. A cheia do rio Uruguai voltou a atingir o Balneário de Ilha Redonda inundando casas e estabelecimentos comerciais. O turismo rural também foi prejudicado, na Linha Aparecida devido ao transbordamento do Rio SÃo Domingos o Santuário da Linha Aparecida foi danificado.
Na área rural algumas comunidades foram afetadas por inundaçÃo nas lavouras e pastagens. Ocorreram deslizamentos, queda de murros e barrancos na cidade. Queda de árvores no interior, atoladores em estradas, além da falta de enérgica elétrica em algumas comunidades.
O prefeito, Norberto Gonzatti, informa que 13 pessoas ficaram desabrigadas e 12 desalojadas. Em danos materiais, os prejuízos chegam a R$ 10 mil em instalações públicas prestadores de outros serviços; R$ 5 mil em instalações públicas de uso comunitário; R$ 15mil em unidades habitacionais; e, R$ 1.015.433,00 em obras de infraestrutura (estradas, pontes, recuperaçÃo de atoladores etc.);
Em prejuízos econômicos públicos, o prefeito relata que: R$ 2 mil em abastecimento de água potável; R$ 50 mil em sistema de limpeza urbana e de recolhimento e destinaçÃo do lixo; R$ 10 mil em geraçÃo e distribuiçÃo de energia elétrica; R$ 10 mil em telecomunicações; R$ 1.015.433,00 em transportes locais, regionais e de longo curso; e, R$ 20 mil em ensino; totalizando R$ 1.107.433,00.
Em prejuízos econômicos privados, somam R$ 180 mil na agricultura, R$ 1.013.500,00 na pecuária; R$ 100 mil em serviços, totalizando R$ 1.293.500,00. Gonzatti ressalta que na agricultura as perdas foram relacionadas por escorrimento superficial causando erosÃo, degradaçÃo e perda de fertilidade em área de pastagens e culturas anuais.
Na pecuária, cerca de 400 hectares de pastagem foram perdidas totalizando R$ 136 mil, e reduçÃo na produçÃo mensal de leite estimada em 15% (975000 litros), totalizando R$ 877.500,00. Além da perda de animais por afogamento.
CAIBI
Em Caibi o momento ainda é de contabilizar estragos e trabalhar firme na recuperaçÃo dos pontos mais críticos, danificados principalmente no interior. A Secretaria de Agricultura e de Transportes, Obras e Serviços, está realizando os trabalhos de recuperaçÃo nas comunidades atingidas, onde bueiros, pontes, pontilhões e acessos foram danificados.
O secretário da agricultura, Rubens Diniz, destaca que todos os esforços estÃo sendo mantidos para que nÃo haja comprometimento da produçÃo e dos trabalhos nas propriedades rurais. “A determinaçÃo do Governo Municipal é dar prioridade aos trabalhos de recuperaçÃo, para que nenhum produtor seja prejudicado”, comenta.
O secretário de Obras do município Valdir Graciola comentou que os trabalhos devem demorar cerca de 60 à 90 dias, onde as partes mais críticas estÃo recebendo uma atençÃo especial. “Se o tempo colaborar, todas as comunidades serÃo atendidas e os estragos maiores estÃo recebendo um destaque da equipe do Dmer”, destaca.
RIQUEZA
Os prejuízos com as chuvas em Riqueza ultrapassam os R$ 400 mil. De acordo com o vice-prefeito, Loivo Peiter, as chuvas causaram inúmeros danos, e, por isso, a AdministraçÃo Municipal optou em decretar situaçÃo de emergência.
Agora se aguarda a homologaçÃo do decreto pelo Governo Estado. Ele destaca que três famílias perderam todos seus pertences com a cheia do rio Iracema e vários foram os estragos no interior. No total, 35 pessoas foram atingidas com as enxurradas. Conforme levantamento da Defesa Civil, várias pontes e pontilhões foram danificados e a malha viária está em condições precárias de trafegabilidade.
O objetivo do decreto de emergência é angariar recursos para a recuperaçÃo dos danos ocasionados pelas chuvas. O município também foi contemplado com uma ponte de transposiçÃo, que será instalada na divisa com o município de Iraceminha.
MONDAÍ
Após quase 30 dias de chuvas, a Secretaria de Agricultura e o Departamento Municipal de Estrada e Rodagem (Dmer) de Mondaí retomaram suas atividades normais. Várias equipes estÃo distribuídas no interior do município, trabalhando intensamente para recuperar os trechos de estradas danificadas pelas intensas chuvas.
O secretário de Agricultura André Sott e o secretário de Obras Juvenil de Souza comentam que nesta semana as equipes estÃo distribuídas nas comunidades de Catres, Bonito, Três Pardos, Ita, Preferido Baixo, Tatu, Veado e SÃo CristovÃo, incluindo a estrada beira rio. “As estradas danificadas em várias partes na altura das comunidades de Pirapocú, Mondaizinho, Taipas, Bonito e Catres estÃo recebendo uma atençÃo especial, sendo que também estÃo sendo realizadas recuperações de acessos às propriedades e colocaçÃo de tubos em vários locais”, destacam.
Um intenso trabalho está sendo realizado e praticamente todo o parque de máquinas está envolvido nestas atividades, que no momento estÃo sendo priorizadas. Demais comunidades do interior serÃo atendidas na sequência destes trabalhos, conforme cronograma.
CUNHATAÍ
As fortes chuvas que atingiram o município de Cunhataí também causaram estragos consideráveis. Um levantamento feito pela Secretaria de Obras aponta que vários trechos das estradas do município precisam ser recuperadas, além de pontes e pontilhões. Segundo o prefeito, Marcos Theisen, a recuperaçÃo das pontes pode chegar a R$ 30 mil.
O Departamento Municipal de Estrada e Rodagem (Dmer) está trabalhando intensamente na recuperaçÃo de estradas e pontes no interior do município. Segundo o secretário, Carlinho Weittzemann, duas das quatro pontes que foram danificadas já foram recuperadas.
ÁGUAS DE CHAPECÓ
O município de Águas de Chapecó também sofreu com os efeitos das fortes chuvas que ocorreram na regiÃo. Mais uma vez, a Companhia Hidromineral Oeste Catarinense (Hidroeste) foi inundada pelas águas e várias famílias e comerciantes tiveram que se retirar de suas casas e estabelecimentos.
Segundo os dados apresentados pela Secretaria de Assistência Social do município, foram efetuados 115 cadastros de famílias atingidas, 165 mudanças, totalizando 348 pessoas deslocadas. Seis moradias foram atingidas pelo alagamento, aproximadamente 190 pessoas foram alojadas nos três ginásios de esportes do município.
Durante o cadastramento dos atingidos ou deslocados, foram solicitadas também, informações referentes a perdas e danos, onde 63% relataram nÃo ter havido perdas e 37% relataram alguma perda ou dano nos móveis durante a mudança.
Em relaçÃo aos estabelecimentos comerciais, a equipe municipal contabilizou 59 comércios, ressaltando que esses também retiraram os bens e dois, foram atingidos pela água.
Houve também a retirada dos bens e documentos de cinco repartições Públicas, sendo a Casa do Artesanato, a Praça Municipal, o Centro de Referência de Assistência Social (Cras), a Concha Acústica e o PavilhÃo da Hidroeste, que nÃo foram atingidos.
O prefeito, André Max Tormen, encaminhou decreto de situaçÃo de emergência junto a Defesa Civil, afim de receber recursos para amenizar os danos das fortes chuvas que atingiram Águas de Chapecó. Além da cidade, houve estragos em pontes, pontilhões e estradas.
SÃO CARLOS
O município de SÃo Carlos decretou situaçÃo de emergência, após a reuniÃo a Defesa Civil Municipal. Segundo o prefeito Cleomar Weber Kuhn, o decreto se fez necessário principalmente pelos estragos causados em todo o interior do município.
Segundo ele, a enxurrada resultou em muitos danos e prejuízos, foram registrados em torno de 220 milímetros de chuva. Os danos sÃo maiores do que os causados no ano passado. “Todo o interior do município apresenta algum tipo de problema. Navegantes, Linha Marcelino e Jacutinga apresentam os pontos mais críticos”, comenta. No Balneário Pratas, cerca de 40 famílias foram realocadas, no Ginásio e SalÃo Comunitário.
CUNHA PORÃ
O município de Cunha Porà estabeleceu situaçÃo de emergência devido à enxurrada. As fortes chuvas afetaram todo território municipal e ocasionaram muitos danos. Ao todo, 15 pessoas foram desabrigadas e 45 desalojadas; 30 pontes ficaram submersas e três destruídas; foram registrados três pontos de deslizamento; bueiros danificados; inundaçÃo de casa de máquinas e rompimento de rede de sistema de abastecimento de água pública.
As chuvas também resultaram em comprometimento da trafegabilidade das estradas vicinais com isolamento de algumas propriedades, além de elevados prejuízos na produçÃo agrícola, principalmente no setor leiteiro, avícola, suínos e grÃos.
Conforme o representante da Coordenadoria Municipal de ProteçÃo e Defesa Civil (Compdec) e secretário de Desenvolvimento Econômico, Sedenir César Kipper, as principais ações que estÃo sendo feitas consistem no reestabelecimento do tráfego no interior.
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